Pré-candidatos da oposição à
Prefeitura de Garanhuns estão mais preocupados uns com os outros do que com o
adversário.
Parecem esquecer que o
prefeito Izaías Régis é um político vitorioso, hábil e que seu candidato à
sucessão municipal será forte, seja ele Haroldo Vicente ou qualquer outro.
Muitos eleitores vão votar no
nome indicado como se estivessem votando em Izaías, que não está tão desgastado
assim como se pensa.
Oposicionistas, assim,
deveriam procurar mais convergências do que divergências.
Tome-se o caso do anúncio do
apoio da vice-governadora Luciana Santos a Luizinho Roldão. O grupo de Izaías não deu um pio.
Mas pré-candidatos oposicionistas foram às emissoras de rádio e usaram as redes
sociais para claramente “passar recibo” de que o fato incomodou.
Um postou em vários grupos do
WhatsApp um ofício do deputado federal Fernando Rodolfo convidando-o para sessão solene em
Brasília para comemorar o aniversário de Garanhuns.
É como se quisesse dizer: “Se
ele tem a vice-governadora, eu tenho o deputado federal”.
Outro apareceu na rede social
exatamente ao lado de Luciana Santos. A mensagem pode ser entendida assim: “Foto
com a vice-governadora eu também posso tirar”.
Chega a ser infantil um
negócio desses, demonstra amadorismo, ciúme, inveja.
Tem mais, porém. Um assessor
de um dos pré-candidatos da oposição numa entrevista a uma emissora de rádio
alfinetou o “concorrente”, que na verdade devia ser o aliado.
“Não é conhecido. Não tem
serviço prestado a Garanhuns”.
Lógico que o recado foi para
atingir Luizinho Roldão.
Ora, se ele não tem
credenciais para disputar a prefeitura, por que essa preocupação?
Se for por serviço prestado
nem precisa fazer eleição, pois Izaías com 10 anos como deputado e oito como
prefeito, ao final do seu mandato, terá mais serviço prestado de que todos
juntos. E aí por tabela elegerá Haroldo.
Mas em política a conta não é
simples assim. Bolsonaro foi deputado federal 28 anos, não fez praticamente
nada como parlamentar e derrotou Alckmin, governador de quatro mandatos do
maior estado do Brasil; Ciro Gomes, ex-governador e ex-ministro, Marina Silva,
que foi senadora e ministra, além de Fernando Haddad, que foi ministro da
educação e prefeito de São Paulo.
Quem tinha mais serviço
prestado?
Provavelmente Bolsonaro foi
que menos prestou serviços ao Brasil, em quase 30 anos de atividade pública e ganhou
de todos com larga vantagem.
Eleição municipal é
diferente? É.
Mas política tem os mesmos
pressupostos em Caetés, Brasília ou Washington.
Política se faz com ousadia,
com disposição, boas ideias, sensibilidade para as necessidades da população e
capacidade para aglutinar forças e empolgar as massas.
Em Garanhuns, quem tiver mais
garra, representar o novo, apresentar propostas objetivas para melhorar a vida
do povo, mostrar que o município precisa de mudanças e convencer o eleitorado
de que poderá superar a gestão de Izaías Régis, poderá surpreender.
Independentemente de ter mais
ou menos serviço prestado.
Todos, uns mais outros menos,
já fizeram alguma coisa. Por isso chegaram a condição de pré-candidatos.
No jogo o que vale mais
agora é o daqui pra frente. É a capacidade de conquistar “corações e mentes”,
fazer uma jornada de fé, plantar esperanças, despertar no povo o sentimento de que é possível um governo honesto, que olhe para quem mora em
Heliópolis do mesmo jeito que olha para quem vive na Cohab III ou na Várzea.
Desqualificar o outro, mentir
dizendo que fulano não pode ser candidato não vai levar a nada.
Quem cuida da vida do vizinho
esquece da sua e não vai pra frente.
Melhor, portanto, é ser
propositivo. Garanhuns, em 2020, terá uma eleição diferente das anteriores, com
muitos nomes novos na disputa, com estreantes na política e os moradores do
município talvez estejam cansados das mesmas práticas, como os filmes que se
repetem tanto na sessão da tarde da televisão.
Assim, a aposta em 2020
poderá ser em quem mais representa a mudança, o novo, um direcionamento
diferente para o município, que está com
a economia estagnada há décadas, conforme reconheceu o deputado Sivaldo Albino
em importante discurso feito na Assembleia Legislativa, na semana que passou
(amanhã daremos mais detalhes).
Haroldo, Sivaldo, Hélder,
Luizinho, Alfredo, Coronel Campos são hoje os nomes principais nomes do jogo
que será disputado no próximo ano.
Apenas o vice-prefeito parte
em vantagem, porque tem o cargo e faz parte de uma máquina que todo dia
trabalha pela população.
Sivaldo tem o mandato de
deputado, mas esse fator só o ajudará se conseguir ações de peso para Garanhuns
e se o governador Paulo Câmara – que foi derrotado duas vezes na cidade, na última eleição com quase 10 mil votos de diferença – fizer um bom trabalho na região em
2019 e 2020.
Se o parlamentar não fizer jus ao mandato e Paulo Câmara continuar com a imagem ruim em Garanhuns, ser representante do
governo será até ruim para Sivaldo.
Problemas nas escolas da rede
estadual, no Hospital Dom Moura, nas delegacias, no Ciretran e outros órgãos
estaduais podem respingar no deputado.
Haroldo e Sivaldo serão
julgados na eleição, por deterem fatias do poder.
Já o Coronel Campos ou
Alfredo Góis, Luizinho Roldão e Helder Carvalho serão avaliados pelo discurso,
pelo comportamento, a capacidade de formular propostas que sejam atrativas ao
eleitor.
Jogo começa empatado, ninguém
fez gol ainda. Ainda temos quase dois anos pela frente e isso em política – até
um menino sabe disso – é uma eternidade.
Fotos: Haroldo (PTB), Sivaldo (PSB), Luizinho (PC do B), Hélder (PT), Campos (PSL) e Alfredo (PR).
É um direito sagrado e natural que cada partido e filiados tenham seus candidatos.
ResponderExcluir0 bom seria que cada partido fosse obrigado a lançar um candidato a prefeito,governador e PRESIDENTE.
Certamente os partidos seriam valorizados e os eleitores escolheram os seus representantes SEM dinheiro, sem ÓDIO e sem acusações levianas.
MAS infelizmente o sistema eleitoral aprovado pelos deputados federais e senadores contribuem para os descréditos dos políticos e dos eleitores.
QUEM de Sá CONSCIÊNCIA prévia que a família do Presidente BOLSONARO estivesse totalmente envolvida na ALERJ (assembleia legislativa do estado do Rio de Janeiro) quando 20 feputafos estão envolvidos e 14 delese foram presos?
Tudo porque o senado não APROVOU em 2005 no auge do mensalão a PEC do senadorJARBAS VASCONCELOS ACABANDO com todas as coligações partidárias.
Provavelmente o PMDB DO MICHEL TEMER EDUARDO CUNHA não teriam traído o PT e o JMB não teria sido eleito com sua mitologia, honestidade e sua ficha limpa .
E a maior bagunca aconteceu na escolha do presidente do senado e da Câmara Federal.Renan Calheiros sentiu na pele o que é traição na cara quando o senadoelr Flávio BOLSONARO lhe deu um abraço e em seguida VOTOU aberto dizendo que foi o pai que lhe aconselhou a votar no Davi contra o golia.