Por Junior Almeida
O município de Capoeiras está localizado no Agreste Meridional de Pernambuco, tem uma população de aproximadamente 20 mil habitantes, segundo o censo do IBGE de 2010/11. Fica a 240 quilômetros de Recife, possui uma área de 344 km². A versão oficial é que o nome Capoeiras vem da palavra indígena capoeirã, que significa mato frio, mas existe outra versão que diz que quando a região era pouco habitada e algum animal sumia, geralmente bovinos, o primeiro lugar de procurar era nas capoeiras, perto da fonte d’água em cuja volta surgiu o arruado, por isso o nome do município.
O município de Capoeiras está localizado no Agreste Meridional de Pernambuco, tem uma população de aproximadamente 20 mil habitantes, segundo o censo do IBGE de 2010/11. Fica a 240 quilômetros de Recife, possui uma área de 344 km². A versão oficial é que o nome Capoeiras vem da palavra indígena capoeirã, que significa mato frio, mas existe outra versão que diz que quando a região era pouco habitada e algum animal sumia, geralmente bovinos, o primeiro lugar de procurar era nas capoeiras, perto da fonte d’água em cuja volta surgiu o arruado, por isso o nome do município.
As
terras de Capoeiras pertenciam ao município de São Bento do Una, tendo sido
elevado a distrito em 24 de dezembro de 1901 e emancipado em 21 de dezembro de 1963 pelo então
governador Miguel Arraes de Alencar.
Além da sede, Capoeiras conta em seu território com dezenas de sítios, as vilas
Alegre, Riacho do Mel e Maniçoba, além das comunidades quilombolas do Imbé,
Cascavel e Fidelão.
A
versão mais aceita para o nome do município é a do jornalista Albérico Bezerra
de Melo, que em seu livro “Capoeiras Paz
e Dinamismo” de 1976 diz que:
Em fins do século XVII o
caminho obrigatório dos almocreves ou tropeiros que conduziam suas tropas de
burros transportando algodão e peles do Sertão para Zona da Mata, era as
capoeiras.
Nesse terreno havia uma
clareira onde passava um riacho ladeado por algumas árvores frondosas, sendo
ponto de descanso dos tropeiros.
Essas terras pertenciam à
freguesia de São Bento do Una, onde na época já havia algumas fazendas para os
lados de Maniçoba. Quando desaparecia alguma rês do rebanho, era procurada nas
“capoeiras”, por que no lugar havia bons pastos e água permanente.
Nesse ínterim apareceu por
essas bandas um forasteiro conhecido por Manoel (nunca soube-se seu sobrenome,
em vista de ser novato no lugar. Os tropeiros o apelidaram de Manoel Novato).
O
primeiro prefeito nomeado de Capoeiras foi Gabriel Bezerra dos Santos, mas esse
não chegou a assumir. Dirigiram os destinos do município José Soares de Almeida
Filho, o Zezinho Borrego (3 vezes), Álvaro Tenório, o Alvinho, Valter Elias,
Manoel Reino, Carlos Batata, Aluízio Cabral, Nenen de Olegário (2 vezes), Dudu
e Neide Reino, que cumpre atualmente o seu segundo mandato.
Capoeiras
já viveu dias melhores, é verdade, mas nos dias atuais parece que seus filhos só querem dela o
salário. Muitos funcionários municipais, mesmo os ditos capoeirenses “da gema”,
moram fora, principalmente em Garanhuns, gastando longe de Capoeiras em supermercados,
padarias, farmácias, bares e restaurantes os salários pagos pela aniversariante
do dia.
Não
é de hoje. O fenômeno do êxodo capoeirense já vem há algum tempo. Para se ter
uma ideia, atualmente a maioria das autoridades constituídas NÃO moram em Capoeiras. É o caso da atual
prefeita, vários secretários municipais, diretores de escolas, juiz, promotor,
delegado, agentes e comandante do destacamento militar, bem como funcionários
de várias repartições, a exemplo do fórum e do Banco do Brasil. Bem diferente
de outras épocas, em que essas pessoas que ganham relativamente bem, residiam
em Capoeiras e faziam o dinheiro girar dentro do município. O fenômeno de deixar Capoeiras é tão sentido
e complicado que se diz na cidade que “ganhar mais de mil reais de salário já é
motivo para sair do município”. Talvez essa prática de só ganhar o dinheiro de
Capoeiras sem nela gastar ajude a explicar a estagnação por que passa o
município.
Porém,
esqueçamos por hoje os problemas, pois afinal hoje é dia de celebrar. Façamos
de conta que neste 21 de dezembro de 2018 a festa em Capoeiras vai ser
inesquecível. Pensemos que a feira da sexta foi mudada e que a cidade, em dia
de feriado, foi acordada por uma bela banda de música e um enorme foguetório.
Girândolas e mais girândolas sendo ouvidas. Vamos acreditar que com a boa
vontade de todos tudo pode ser resolvido. Capoeiras é nosso torrão, o lugar que
vivemos, gostamos e torcemos para que dê certo, então, parabéns à nossa terra pelos seus 55 anos de emancipação política. Viva Capoeiras de paz e dinamismo!
*Fotos: Capoeiras em 2018 e em 1973.
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