Imaginemos
Lula livre. Um líder político que cumpre pena por indícios, e não por provas de
um crime. Uma prisão política no corpo, na cauda e na boca do processo, cujas
ilações, opiniões e adjetivos do juiz original não negam. Lula livre
seria a materialização da liderança da oposição ao futuro governo de Jair
Bolsonaro. Oposição hoje frágil, desunida e acéfala de liderança. Lula livre
seria o ectoplasma do líder da resistência ao beneficiário final do impeachment
de 2016.
Quem quer
Lula livre? Fora da prisão, Lula se transformaria em um fantasma, assombração
para os planos e delírios de Bolsonaro e seu governo. Não se pense que, a
partir de 1 de janeiro, o país verá Temer, Jucá, Alckmin, Serra, Agripino,
assessor de Bolsonaro ou qualquer outro peixe grande detido, nem que denúncias
e ações nas cortes primárias e/ou superiores começarão a andar. Nem que a
Justiça será igual para todos, seja para punir, seja para inocentar na ausência
de prova. O que querem, os adversários, é Lula preso, porque o 16 ainda não
acabou.
Não bastou
tirar Dilma e a esquerda do poder. Nem impedir Lula de retornar pelas urnas,
bloqueando o caminho pela via judicial. Nem liquidar moralmente o líder do PT,
um partido que inquestionavelmente errou, mas não errou sozinho (nem iniciou os
esquemas. Eles já estavam na estrutura do Estado brasileiro).
Aquele
depoimento de Lula à juíza Gabriela Hart, sucessora interina do futuro ministro
da Justiça de Bolsonaro, o Sérgio Moro, em Curitiba, sobre o sítio de Atibaia,
foi uma mostra de que o processo político aberto em 2015, na Câmara, por
Eduardo Cunha, ainda está em curso. Não era só tirar Dilma e o PT do poder. Nem
impedir Lula de legalmente não ser candidato em 2018, como não o foi. O
processo é mais longo, inclui a sua
liquidação
política, apagar a imagem de Lula do imaginário popular e, quem sabe, pela ação
impiedosa do tempo e da indiferença do poder, a sua liquidação física.
Sim, 2016
ainda não acabou.
*Ayrton
Maciel é jornalista e mora no Recife.
**Foto: UOL
Na presidência, o Seboso de Caetés deu dignidade aos ignorantes, elevou a autoestima da putada petralha, valorizou a ladroagem, deu voz aos comunas “incarnados” e cargos aos cumpanhêru...
ResponderExcluirP.S.: - Esses esquerdistas defensores de bandidos, quadrilheiros, assassinos e protetores de terroristas não cansam de passar vexame?!?!?!
SIM... o ano de 2016 ainda NÃO acabou... Mas, façam o que façam, NÃO tirarão LULA da História do Brasil... Podem tirar-lhe a vida, como já tiraram a liberdade de ir e vir... Todavia, JAMAIS tirarão LULA da HISTÓRIA desta Nação de desdentados! - Até dias atrás, Dias Toffoli era "o satanás"... Era o "satânico advogado" do PT... Hoje, Dias Toffoli amanheceu santo, porque cassou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello. – E o futuro ministro do Bozó, Ricardo Salles, antes de assumir, já foi condenado em primeira instância à perda dos direito políticos! - É ISSO! /.
ResponderExcluir