Por Wando Pontes
"Aceita um cafezinho?” É uma das
frases mais comuns ouvidas no mundo inteiro. O café pode ser um apaziguador de
ânimos, um consolo em horas difíceis, uma pausa entre reuniões, uma companhia
durante uma espera, uma gentileza dos anfitriões ou pode simplesmente estar
presente em outras ocasiões de cordialidade que exige a sociedade. Gentilezas à
parte, a bebida “mágica” transformou-se em hábito que tem o poder de aproximar
as pessoas desde épocas bem remotas.
Em Garanhuns este hábito é
antigo e algumas lanchonetes mantém um certo estilo das cafeterias da Europa
para atrair os amantes dos encontros regado a café e muita prosa nos finais de
tarde da Suíça Pernambucana.
O café foi descoberto na Etiópia, atravessou o Mar Vermelho e
foi levado para a Arábia.
Em 1475, foi aberto o primeiro café do mundo em
Constantinopla (atual Istambul, Turquia), marcando o início do consumo
generalizado da bebida. Depois foram aparecendo luxuosas e suntuosas cafeterias
pelo Oriente, quando também nasceu a ideia de adicionar açúcar à bebida.
É comum o encontro quase que
diário nas cafeterias de Garanhuns, de muitos grupos de amigos das mais
diversas áreas profissionais, faixas etárias e classes sociais.
A velha e boa prosa com café
no crepúsculo vespertino na terra onde a Nordeste garoa, vem atravessando os
tempos, os modismos e as novas tendências do mundo globalizado.
Vai um cafezinho aí? Ou, a
gente se encontra ao cair da tarde lá no café! Se escuta comumente na cidade, isso,
para tratar de assuntos profissionais, comerciais, culturais, amorosos... ou
simplesmente para botar o papo em dia, prosear e oxigenar o cérebro. Que o diga
os amigos da UBE, União Brasileira de Escritores, Natanael Vasconcelos, Albérico
Fernandes e Renato Siqueira que cultuam e mantém estes bons hábitos na Cidade
das Flores.
*Wando Pontes é radialista, ex-vereador, artista plástico e Secretário de Cultura de Caetés.
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