Um filmaço que está no
catálogo da Netflix é “A História Oficial”, produção argentina de 1985 que foi
simplesmente o primeiro longa de toda a América Latina a ganhar o Oscar de
Melhor Filme Estrangeiro, em Hollywood.
A História Oficial
teve direção de Luiz Puenzo, com a atriz Norma
Aleandro se destacando no principal papel do longa.
Filme foi feito nos
estertores da ditadura argentina e conta a história de uma professora de
história, burguesa alienada, que ignorava os horrores do regime militar
instalado em seu pais, em 1976.
Mais de 30 mil pessoas
desapareceram na Argentina, no período da ditadura, que acabou em 1983. Muitas dessas eram crianças, filhos ou filhas de pessoas assassinadas pelos militares, adotadas ou
compradas por casais que compactuaram com o regime.
Norma vai aos poucos
descobrindo a verdade, inclusive que sua filha adotiva foi roubada de
prisioneiros políticos, tendo seu marido participado desse jogo sujo, pois
esteve envolvido com o governo autoritário argentino.
Depois da Argentina
outros países da América do Sul e Latina conseguiram a estatueta mais famosa do
cinema: O México, a Colômbia e o Chile estão dentre eles.
O Brasil ainda não
ganhou nenhum Oscar em sua história, apesar de já ter sido indicado para o
prêmio em mais de uma ocasião, com boas realizações como “O Pagador de
Promessas” (1963), Central do Brasil (1998) e Cidade de Deus (2002)).
“A História Oficial”,
o filme argentino, além do Oscar recebeu mais 16 prêmios internacionais, em
países diferentes como França, Alemanha, Cuba e Rússia.
Lançado
há mais de 30 anos, o longa não envelheceu. É um olhar sobre a história da
Argentina e da América do Sul. Ao saber um pouco mais do que foi a ditadura no
país vizinho, os brasileiros podem se conscientizar de que regimes arbitrários
são um mal e lembrarem que também já passamos por momentos terríveis na
história.
O Pagador de Promessas com Anselmo Duarte e Glória Menezes
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