Por Maciel Melo, o Caboclo Cantador
Quando,
num passado não muito distante fomos para rua, num brado retumbante pelas
diretas, sonhávamos deitar em berço esplêndido e acordar ao som do mar e à luz
de um céu profundo, e não desafiando em nosso peito a própria morte. Quando vejo
a fome vomitar seus filhos nos sinais, ou tapando buracos nas estradas, e a
gulodice do poder se esbaldar no sarcasmo de suas prepotências, sinto nojo.
Infelizmente, é esse o sentimento que me avassala agora. O meu Brasil é outro,
estou em outro hemisfério, estou lá no Sertão, onde se bate palmas na porta de
um singelo bangalô, dizendo:
Ô de casa! –
e sem demora alguém responde:
Ô de fora! Em que posso
lhe servir, cidadão?
Pode me arranjar um copo
d’água, por obséquio?
Pede
humildemente o forasteiro, para matar a sede e seguir seu rumo, com certeza em
busca do pão de cada dia. Talvez até venha mendigando uma oportunidade de
trabalho e esteja com a alma calejada de tanto lhe dizerem não.
Pois não, vamos entrando,
a casa é modesta, mas o coração é grande. Diz o dono da
casa.
Não repare muito, se
achegue, e aguarde só um tiquinho enquanto eu vou no pote pegar um caneco
d’agua pro senhor. O pote é novo e a água tá friinha, aceita um taquim de
rapadura? Conclui.
Esse
é o país que trago nas minhas canções, o país onde meus pais me criaram e me
ensinaram que a palavra do homem vale mais que um carimbo de cartório, e que a
bandeira nacional era o patrimônio mais valioso, e era hasteada na alma de cada
cidadão. Desse país, sim, eu sinto orgulho, visto sua indumentária, saboreio
sua culinária, e faço questão de cantar e decantar sua geografia pelos quatro
cantos do mundo, sem medo de ser feliz.
Já
não me iludo mais, cadê o penhor dessa igualdade que queríamos conquistar com
braço forte? Cadê a imagem do Cruzeiro que não resplandece? O lábaro que
outrora ostentavas estrelado, não tremula mais. O verde louro dessa flâmula
virou cor de sangue e enxuga as lágrimas de quem perdeu seu filho para o
narcotráfico, e vive à míngua, sem paz, sem futuro, e sem glória. O futuro
espelha a miudeza de uma geração apática, fria, e que, em vez de corações
teremos máquinas.
Então:
por mais lápis na mão, e menos armas em punho, eu brado retumbantemente: ELE NÃO.
*Foto e texto do Facebook do artista.
E por falar #ELE NÃO, o GORILA Mourão que é vice do PORCO RACISTA já agendou: vem aí a cobrança do CPMF. Quanto ao 13º não será pago nadica de nada... MORREU ADICIONAL DE FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO: Pode isso, Arnaldo?!?!?!
ResponderExcluirP.S.: - As fileiras da extrema-direita bolsonarista abundam em neurose e histeria.
DE POUQUINHO EM POUQUINHO A CHAPA DOS SONHOS Ana Amélia/Alckmin VAI GANHANDO TERRENO OU COMENDO A PAPA QUENTE PELAS BEIRADAS. AS PESQUISAS ESTÃO MOSTRANDO QUE ALCKMIN, NO SEGUNDO TURNO, TANTO VENCE O PAU-MANDADO DO LULA COMO O PORCO RACISTA DO BOLSONARO.
ResponderExcluirP.S.: - Já começou a faltar gasolina no POSTO IPIRANGA do homofóbico que quer governar o Brasil com uma bolsa de colostomia acoplada. O candidato do TORTURA MAS FAZ vai começar a derreter...