Por Clóvis Manfrini Souto Calado
Alguns
arremedos de jornalistas esportivos, como é o caso de Tiago Leifert (que
consegue ser sem graça até apresentando o Big Brother), dizem que futebol não
se deve misturar com política e que o futebol é apenas um jogo.
Não
é bem assim, o futebol, assim como toda manifestação cultural e popular, e,
portanto, de massas, está ligado à política mesmo sem querermos. E foi assim
desde que os ingleses formalizaram as regras.
A Copa do Mundo é, mesmo com toda a questão comercial por trás dela, o maior evento esportivo do planeta. A partida final no próximo domingo será vista pela maioria dos sete bilhões de seres humanos.
As duas seleções que chegaram, França e Croácia, têm uma história tanto dentro como fora do campo muito diferentes.
A França tem em seu elenco de 23 jogadores
apenas 4 jogadores de origem francesa, os outros 19 são imigrantes ou filhos de
imigrantes (em sua maioria, africanos).
É a maior concentração de jogadores não
franceses desde 1930 na seleção.
A Croácia, pelo contrário, tem todos os seus
jogadores de origem croata (embora dois dos 23 tenham nascido na Europa
Ocidental). É considerada "pura", sem estrangeiros.
O nacionalismo croata é algo crescente e
assustador desde que o país foi o primeiro a se separar da antiga Iugoslávia
(em 1989) e provocou uma sangrenta guerra que matou milhares de iugoslavos.
Outra questão que vem há alguns anos, e que
ficou latente nessa Copa, é a presença de jogadores declaradamente
nazifascistas, casos de Simunic e de Vjda.
Os atletas costumam comemorar vitórias com
saudações da Ustasha (organização fascista croata que, de tão violenta,
horrorizou os próprios nazistas alemãs durante a ocupação) e a atual
presidenta, Kolinda Kitarovic, que é ultraconservadora, vê como natural
homenagens de croatas aos fascistas colaboradores dos nazistas na II Guerra.
Vários monumentos aos partizans croatas (que
lutaram contra o nazifascismo e libertaram o país do jugo alemão) foram
destruídos no país e no lugar deles surgem ruas e praças homenageando
assassinos.
Na hora de torcer pela "simpática" seleção croata, lembre-se que muitos jogadores e torcedores croatas rendem homenagens a assassinos de crianças que usavam métodos onde nazistas alemães (que usavam câmaras de gás para assassinar milhões) se sentiam incomodados diante de tanta crueldade.
"É a maior concentração de jogadores não franceses desde 1930 na seleção."
ResponderExcluirHá um equívoco nessa reportagem. Somente o Umtiti é naturalizado francês, pois nasceu em Camarões. TODOS os outros são franceses, mesmo filhos de imigrantes. Afinal, nasceram na França, sendo assim franceses. Ser filho de imigrante mas nascido no solo de outro país não significa que o indivíduo é naturalizado ou menos nacional. Eles foram criados na cultura francesa e por isso são FRANCESES.
Dá-lhe Croácia!!!
ResponderExcluirE vc torce para qual Seleção na final.
E viva o futebol.
Deveria ter os dois pés, o cérebro, o coração e hoje em dia o feofó a serviço do comunismo.
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