O caráter
plebiscitário (contra ou a favor) das eleições presidenciais no Brasil,
mormente em períodos de crise política e
desesperança, esconde frequentemente uma realidade
politico-institucional que não queremos ver: a fragilidade do quadro partidário
brasileiro e a falta de alternativas viáveis (e confiáveis) para o pleito eleitoral. Apegamo-nos a uma tênue
esperança como se ela fosse a salvação da República. O que pode aparecer como
solução é, as vezes, mera falta de
oportunidades e novas alternativas.
A política- como a economia –
tem o seu ciclo. A diferença é que o ciclo econômico se renova, seu o concurso
e o agenciamento de atores e protagonistas individuais. Já a política precisa
de nomes, partidos, agendas, movimentos, ideias, para se renovar. Quando o
presidente LULA diz que vai disputar as eleições, tendo como adversário uma
candidatura com a assinatura da GLOBO na testa (Luciano Huck), é uma prova que
estamos ainda num mesmo ciclo político e não no início de um novo clico. Essa
polarização entre o PT e um candidato produzido pela mídia não é nova. E já
conhecemos bem suas consequências.
Isso sem falar em dois fenômenos
sociais e políticos que correm por fora dessa polarização: o proselitismo de
algumas igrejas e seus pastores e o golpismo. Enquanto assistimos o
recrudescimento da polarização entre LULA e o candidato da GLOBO (ou o requentamento
da candidatura de Alkmin), esses fenômenos conspiram contra a
institucionalização republicana da política. Um, atenta contra a laicidade do
Estado brasileiro e coloca em xeque o direito das minorias; o outro, é contra a
institucionalidade democrática. Além, é claro, dos apoiadores civis desses
movimentos, como o MBL ou a Escola sem partido.
Falamos – e vamos continuar
falando – da necessidade de uma agenda
mínima para a união das forças democráticas, republicanas e socialistas nessa
eleição. Mas não podemos perder de vista o necessário e saudável processo de
renovação da vida partidária brasileira. São bem-vindos novos partidos, novos
candidatos e novas ideias. Só o messianismo político, como solução para os
problemas sociais, institucionais e políticos do Brasil, é contra e desconfia
da necessidade de renovação político-partidária. Mas é preciso ter em conta um
objetivo maior, uma agenda estratégica, um programa comum que assegure os
direitos e as conquistas sociais da Constituição de 1988 (Saúde, Seguridade
social, direitos previdenciários) e o patrimônio público. Aí, está base para
uma união dos partidos que conjugam democracia, republicanismo e socialismo.
*Cientista Político e professor da Universidade Federal de Pernambuco.
**Foto: Blog Nocaute
**Foto: Blog Nocaute
Lula é o maior arregimentador de ladrões da história do planeta Terra. Nunca uma pessoa teve sob seu comando tantos bandidos juntos como Lula!
ResponderExcluirUm exército da bandidos como nunca se viu na história mobilizou-se para garantir a chamada governabilidade do governo "Petralha".