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PREFEITURA DE GARANHUNS

HOJE É DIA DE REI

Por Junior Almeida

Falar de Luiz Gonzaga, do seu talento, suas músicas, de sua genialidade e de tudo que ele representou para a cultura nordestina é chover no molhado. Amanhã completa 105 anos de nascimento do Rei do Baião, e ao invés de discorremos sobre a vida e obra de Gonzaga, nos adiantamos e publicamos hoje os depoimentos de quatro pessoas, três músicos e uma jornalista, que reconhecem e nos ajuda a entender como esse filho do município de Exu foi coroado “Rei” e mesmo depois de vinte e oito anos de sua morte, continua influenciando tanta gente. Abaixo algumas palavras de célebres sobre o Sanfoneiro do Riacho da Brígida.

RENATO TEIXEIRA
O cantor nascido em Santos, São Paulo, disse em agosto desse ano no programa Senhor Brasil, apresentado na Tv Cultura por Rolando Boldrin, que logo que sua música “Romaria” começou a fazer sucesso em 1977, foi fazer a abertura do show de Luiz Gonzaga em São Paulo, momento esse, segundo o cantor, foi um dos mais emocionantes de sua carreira, e que quando terminou a sua apresentação cantando Romaria, Luiz Gonzaga ia subindo ao palco com sua sanfona, e ao cruzar com ele nos bastidores, disse:

Aí Seu Teixeira, cantou a sua Asa Branca, né?

Renato Teixeira, na época com pouco mais de trinta anos, confessou que a princípio achou que o Rei do Baião estivesse tirando uma sarro com sua cara e rindo, disse:

O que é isso “seu” Luiz, comparando a minha música com a sua?

O também compositor de “Tocando em Frente” disse que o velho Lua fechou a cara e respondeu:

Menino, eu não estou brincando com você, estou falando sério. Você deve dar graças a Deus de ter tido a sorte de criar uma canção que as pessoas gostaram tanto.

Renato Teixeira confessou que naquele momento achava que a música iria fazer certo sucesso, depois ia desaparecer, mas que em suas proféticas palavras, Luiz Gonzaga disse que em trinta anos, ele (Renato) saberia do que ele estava falando. O Rei do Baião encerrou aconselhando-o:

Toda vez que você for cantar a sua “Asa Branca”, cante como se fosse a primeira vez.

O cantor disse que o velho sanfoneiro carimbou a sua música, e todas as vezes que canta Romaria, se lembra de Luiz Gonzaga.

ALCEU VALENÇA
A percepção do Rei do Baião era demais. Alceu contou que certa vez ao se apresentar em Juazeiro do Norte, tocava a música “Coração Bobo”, e que no seu arranjo tinha o uso de guitarra elétrica, que em sua opinião não fere em nada o forró, pois é usada como instrumento e não uma linguagem. Disse que as pessoas criticam sem razão novos instrumentos no forró, por não “mergulharem” no assunto, que confundem “alhos com bugalhos”. Alceu confessou que por isso tinha medo de ser acusado de fazer um outro tipo de música que não o forró, mas que nesse show, Luiz Gonzaga estava presente e ao final,  foi pedir a opinião dele sobre o seu conjunto, que usava guitarra elétrica. Luiz Gonzaga disse:

        Eu gostei. Seu conjunto parece uma banda de pífano elétrica.

Alceu disse que Luiz Gonzaga entendeu a sua proposta, a proposta da sonoridade, que mesmo usando um instrumento geralmente usado para tocar outro ritmos, não fugia de sua raiz.
       

GENARO SANFONEIRO
Genaro lembra que Luiz Gonzaga criou os trios pés de serra e pegou uma zabumba, que tem o som grave, e colocou do lado do teclado da sanfona, que é o som agudo, e contra balanceando com o som grave do acordeom, ele colocou o triângulo com seu timbre agudo.

O Rei do Baião boto praticamente na marra o triângulo no forró. Quando Luiz Gonzaga revelou que iria colocar o instrumento na gravação do seu disco, o produtor da gravadora se opôs, alegando que triângulo só servia para vender cavaquinho em Recife.

ANA KREPP DA REVISTA CULTURA
A jornalista escreveu na dia em que Luiz"o Rei do Baião podia ser também considerado o primeiro rei do pop no Brasil. Pop, aqui, empregado em seu sentido original, de popular, pois de 1946 a 1955 foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando quase 200 gravados e mais de 80 milhões de cópias vendidas”.


"Comparo Gonzagão a Michael Jackson. Ele desenhava as próprias roupas e inventava os passos que fazia no palco com os músicos", acrescentou a jornalista.

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