Aos 72 anos de idade, Geraldo Azevedo, natural de Petrolina, tem o nome
consolidado como um dos maiores nomes da música popular brasileira.
Ainda na adolescência, em Petrolina, descobre a música de João Gilberto
e fica apaixonado pela Bossa Nova.
Quando vai morar no Recife, para estudar Arquitetura, conhece Naná
Vasconcelos e Teca Calazans, aprofundando seu gosto pela vida artística.
Geraldinho, como é chamado carinhosamente pelos amigos e fãs, não chega
a termina o curso de arquitetura para se dedicar à música.
Em 1966 compõe, em parceria com Carlos Fernando, “Aquela Rosa”, gravada
por Teca Calazans e vencedora do Festival de Música do Nordeste.
Eliana Pitman conhece o artista pernambucano e o convida para morar no
Rio de Janeiro, onde poderia desenvolver mais seu potencial.
Geraldo termina optando pela “cidade maravilhosa” e lá reencontra Alceu
Valença, que já tinha conhecido no Recife.
Os dois parceiros compõem “Talismã”, no primeiro momento censurada pela
ditadura, “78 Rotações” e “Planetário”, que fariam parte do primeiro disco dos
pernambucanos – “Alceu Valença & Geraldo Azevedo” – lançado em 1972.
A partir daí tanto as carreiras de Alceu e de Geraldinho decolariam e
eles se tornariam conhecidos em todo o Brasil, um e outro participando de
grandes momentos da música popular ao lado de artistas como Fagner, Zé Ramalho,
Belchior, Geraldo Vandré (compôs com Geraldinho a música " Canção da Despedida", censurada durante muitos anos) e Elba Ramalho.
Entre as canções mais conhecidas de Geraldo Azevedo estão Dia Branco,
Moça Bonita, Bicho de Sete Cabeças e Dona da Minha Cabeças, gravadas pelo
próprio artista e outros intérpretes.
Geraldinho já participou de várias edições do FIG, tanto se apresentando
no palco da Praça Mestre Dominguinhos (antigamente Guadalajara) como no Pau
Pombo.
Este ano seu show acontece na primeira sexta-feira do Festival, no dia
21.
Lucy Alves - natural de João Pessoa, começou no universo da música com
apenas quatro anos de idade, através de um projeto intitulado Formiguinhas. Na
oportunidade, foi violinista da Orquestra Infantil da Paraíba.
Não é de admirar que começando tão cedo ela tenha se tornado
multi-instrumentista, dominando bem 11 instrumentos, dentre eles a sanfona que
toca tão bem quanto um dos seus mestres: o garanhuense Dominguinhos, com quem
chegou a se apresentar em mais de uma ocasião, ainda bastante jovem.
Lucy também fez show junto com outro “monstro sagrado da música
instrumental brasileira”, Sivuca, este, como Dominguinhos, já falecido.
No início dos anos 2000, a artista paraibana formou o grupo “Clã Brasil”,
integrado por duas irmãs, sua mãe e o pai.
O grupo lançou discos em 2002 e 2003, com músicas de grandes nomes da
música nordestina e brasileira, como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro,
Gilberto Gil e Chico César.
Já conhecida na Paraíba e outros estados nordestinos, Lucy Alves
participou em 2013 do programa The Voice Brasil, na TV Globo, conquistando o
primeiro lugar.
Com a consagração, veio o convite da gravadora Universal para a cantora
e música, que então lançou seu primeiro disco solo.
Em 2016, Lucy participou como atriz da novela “Velho Chico”, ao lado do
ator Domingos Montagner, que morreu tragicamente afogado, durante a gravação do
folhetim.
Pela primeira vez Lucy Alves se apresenta no Festival de Inverno de
Garanhuns, com show previsto para o dia a quinta-feira, dia 27.
É uma artista completa, que além de tocar tantos instrumentos, como
informado, tem rosto e corpo bonitos, além de da bela voz e bom gosto no
repertório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário