Conforme matéria de
O Globo, de 7 de fevereiro de 2017, o Governo Temer não admite qualquer
negociação sobre a idade mínima para a aposentadoria – a proposta é que somente
aos 65 anos os trabalhadores e as trabalhadoras poderão se aposentar –, sobre o
“pedágio” (acréscimo de 50% sobre o tempo que falta para homens com mais de 50
anos e mulheres com mais de 45) e as reduções nos pagamentos de pensões e
benefícios assistenciais. Para as autoridades, estas são as medidas necessárias
para equilibrar as contas da previdência social.
Mas os argumentos do governo são
falsos. A previdência não é deficitária, pois, somando-se suas receitas – que,
além das contribuições regulares, são alimentadas por outras fontes de
captação, como o Cofins –, obtém-se um saldo positivo, ao contrário do
“deficit” alardeado pelo governo e pela mídia, que não inclui as outras fontes
de receita. Na verdade, o que o governo quer com a reforma é continuar pagando
os juros e amortizações da dívida interna, que consomem nominalmente o
equivalente a cerca de 40% do Orçamento Federal.
Isso explica os ataques aos direitos
dos trabalhadores, que, com a reforma proposta, terão, além da precarização das
condições de trabalho, jornadas alongadas e salários achatados, uma extensão de
seu tempo de trabalho compulsório, o que levará os trabalhadores à exaustão e à
redução da qualidade de sua vida. É a aplicação da receita de jogar o custo da
crise capitalista nas costas dos trabalhadores e permitir que as empresas
aumentem a taxa de exploração do trabalho para gerar mais lucros.
O pleno emprego e a garantia da
seguridade social plena – previdência, saúde e assistência social –, além de
atendimento as áreas básicas como Educação, saúde e moradia, deveriam ser a
prioridade número 1 do Estado e o centro da ação política dos governos. Somente
com muita luta e organização superaremos o quadro adverso atual e as medidas
governistas de esmagamento da classe trabalhadora, as quais visam apenas ao
favorecimento dos capitalistas.
Texto enviado ao blog por Paulo Camelo/PCB Garanhuns
Paulo, supondo que a Proposta para Reforma da Previdência seja aprovada, um outro Governo eleito nas urnas, poderá "desfazer" esse nó cego na Vida dos Trabalhadores?
ResponderExcluirO caso é sério e está todo mundo de braços cruzados só assistido o já aposentado Temer fazer o que quer. Tem que haver uma solução de barrar esse projeto desse golpista,contar com esse esse congresso ninguém pode, a maioria está arregado pelo Temer, com cargos e emendas. O que ainda resta para o trabalhador tentar barrar esse projeto satânico desses políticos porcos, só arrebentam com o trabalhador?
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