No seu
valioso “Álbum de Garanhuns”, o professor, jornalista e escritor Manoel Neto
Teixeira publica um texto sobre a última viagem do trem que fazia o percurso de
nossa cidade até a capital.
Com o
título “Partida Final e Melancólica”, o autor assim descreveu a despedida da
Maria Fumaça da Suíça Pernambucana:
Aquela manhã de 19 de novembro de
1966 ficou como uma triste lembrança no imaginário coletivo do povo de todo o
Agreste Meridional, especialmente da população de Garanhuns e municípios
circunvizinhos: o trem partia para não mais voltar, em decorrência de medida
radical e desastrosa do Governo Federal de encerrar as atividades da Rede
Ferroviária Federal do Nordeste, a partir daquela data.
O anúncio e comentários da
desativação do trem que interligava Garanhuns à capital atraíram milhares de
pessoas que se postaram ao longo da ferrovia, planejada com linha tronco, com
terminal na Praça da Bandeira, frente ao Colégio Diocesano.
Desde os primeiros momentos que o
trem fora incorporado ao imaginário coletivo como marco de desenvolvimento de
toda região Agrestina, especialmente do município de Garanhuns. Sua desativação
soou qual golpe mortal na própria história e cultura da região.
Representantes do Governo
Federal, especialmente o então ministro da Viação e Obras Públicas, Juarez
Távora, alegavam prejuízos ao erário público, acumulados ao longo dos anos, dos
ramais ferroviários que interligavam a capital pernambucana ao interior.
Contra a medida levantaram-se
algumas vozes, como o ex-prefeito Celso Galvão, o então deputado estadual e depois
prefeito de Garanhuns, Souto Dourado, o jornalista Humberto de Moraes e seu
pai, Dr. Raimundo de Moraes, ex-vereador, odontólogo profissional, polemista e
orador brilhante, voz forte e destemida que no instante da partida final,
quando o trem soltava o último e melancólico apito, subiu numa caixa de sabão,
improvisando-a como tribuna, e lavrou o seu protesto contra a retirada do trem.
Alguns vereadores da época testemunharam o fato, entre os quais Ivo Amaral, que
viria ser prefeito de Garanhuns.
*A foto, que está no livro de Manoel Neto Teixeira e foi postada também no Blog de Anchieta Gueiros, segundo o autor do "Álbum de Garanhuns" pertence ao acervo do professor Elpídio Melo.
SOU FANÁTICO POR TRENS, LINHAS FÉRREAS E ESSE ESPETACULAR E BI CENTENÁRIO TRANSPORTE QUE ANDA NOS TRILHOS. TENHO PAVOR A PORRA DE METRÔ. GOSTO É DE TREM!!!
ResponderExcluirP.S.: - É lamentável que os cabeçudos militares (BURROS QUE SÓ ELES, PORÉM MUITO MAIS HONESTOS QUE A PUTADA PETRALHA), no final da década de 70 tenham dado início ao extermínio das poucas linhas férreas que ainda existiam neste enorme Brasil. Optaram pelas estradas de asfaltos...
P.S2.: Os Estados Unidos também optaram pelas estradas asfaltadas, mas conservaram e até aumentaram a estradas de ferro, não é à toa que A rede ferroviária norte-americana é a mais extensa do mundo. O MAPA FÉRREO daquele país é uma beleza é de encantar os olhos de qualquer pessoa que preserva e acha de bom grado esse tipo de transporte.
Para estes políticos CANALHAS que temos nesta droga de Brasil, TREM, é o maior atraso para o Brasil. Evolução para esta classe política é caminhão, ônibus e estradas de péssima qualidade. Vemos na Índia o trem é a principal meio de transporte. Com estes Políticos (Brasília) idiotas que temos aqui, o Brasil é um atraso de vida.
ResponderExcluirJonathas