Os Estados Unidos
tiveram ao longo do século passado uma produção literária capaz de impressionar a crítica mundial. Entre os
grandes escritores americanos do Século XX estão John Steinbeck (As Vinha da
Ira), Sinclair Lewis, William Faulkner, Saul Bellow e Toni Morrisson, Francis
Scott Fitzgerald e J.D. Salinger.
Temos ainda, na poesia, a força de Ezra Pound, a erudição
e acuidade sonora dos versos de T.S. Eliot , o antissimbolismo de William
Carlos Williams e a inquietude de Allen Ginsberg, ícone da geração Beat. No
teatro, Tennessee Williams e Arthur Miller.
Um dos escritores
americanos mais populares, com uma obra conhecida na maioria dos países do
mundo, foi Ernest Hemingway, autor de O Velho e o Mar, Por Quem os Sinos
Dobram, Paris é uma Festa, O Sol também se Levanta, Adeus às Armas e outras
obras primas da Literatura Universal.
Muitos dos livros de
Hemingway foram levados ao cinema, como "Por quem os Sinos Dobram" e
"O Velho e o Mar", que resultaram em excelentes filmes.
A própria vida do
escritor, vencedor do Nobel de Literatura nos anos 50, é cheia de lances dignos
de um romance, como está um pouco no filme “Hemingway & Gellhorn”, com
Clive Owen e Nicole Kidman. O longa mostra um dos muito envolvimentos amorosos
da vida do escritor.
Ernest Hemingway
casou quatro vezes e teve muitos outros casos. Gostava de mulheres e de farras.
Apesar de ter nascido nos Estados Unidos viveu na Espanha, na época da Guerra
Civil daquele país, morou em Paris e em Cuba, antes da chegada dos comunistas
do poder.
O americano tinha
sede pela vida e desejos de morte. Acabou, em 1961, repetindo o gesto do pai e
se suicidou, numa fase angustiada pelas doenças e problemas financeiros. Talvez
tenha contribuído mais ainda para esse fim trágico o gesto de Grace, sua mãe,
considerada dominadora, que enviou a Ernest a arma com que o pai se matou.
Um dos livros mais
populares do escritor americano é “O Velho e o Mar”, publicado em 1952. Com este
volume, de poucas páginas, o autor ganharia os principais prêmios literário da
América e da Europa e em 1954 receberia O Nobel de Literatura pelo conjunto da
obra.
Último grande livro
de Hemingway publicado em vida, “O Velho e o Mar” conta a história de Santiago,
um pescador que luta em alto mar, em condições adversas, para capturar um
gigante espadarte. Nas mãos de um escritor medíocre poderia ser um livro
enfadonho e comum, mas a habilidade e o talento do americano transformam o romance numa obra tão
gigantesca quanto o peixe, merecendo ser lida e relida.
A vida trágica de Ernest Hemingway,
seus melhores romances, com certeza cravaram para sempre seu nome na história,
como uma grande figura humana e um dos melhores escritores da Literatura
Universal de todos os tempos.
Nenhum dos americanos citados neste artigo talvez tenham sido tão vocacionados para a literatura quanto os russos
Tolstói e Dostoiévski, o que não significa que não foram importantes ou grandes
escritores. “O Velho e o Mar”, mesmo sem a densidade de “Guerra e Paz ou “Crime
e Castigo é um livro excepcional, que não deixa dúvida sobre a capacidade do
autor, um nome de destaque numa nação de muitos autores com talento acima da
média.
Excelente explanação, parabéns...
ResponderExcluirSeria bom que as pessoas se identificassem pelo menos quando elogiam.
ResponderExcluirPOR IRONIA DO DESTINO, NO EXCELENTE LIVRO(ALIÁS, TODOS SÃO ÓTIMOS!!!) DE ERNEST HEMINGWAY, TEM UMA FRASE IMPRESSA POR ELE COM OS SEGUINTES DIZERES: "Um homem pode ser destruído, mas não derrotado"... NA VIDA REAL, ACABOU SE SUICIDANDO COM UM TIRO NA CABEÇA. QUEM NUNCA LEU NENHUM LIVRO DESTE FORMIDÁVEL ESCRITOR NORTE-AMERICANO, TENTE SE CONTENTAR COM OUTRO FORMIDÁVEL CABEÇA PENSANTE BRASILEIRO, QUE COMPÔS, HÁ PRECISAMENTE, 35 ANOS, TALVEZ UM DOS SEUS HINOS NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA. TRATA-SE DE RAUL SEIXAS QUE NO ANO DE 1980 NOS BRINDOU COM ESTA EXCELENTE PÁGINA MUSICAL, BASEADA NO LIVRO DE ERNEST HEMINGWAY: POR QUEM OS SINOS DOBRAM. EI-LA:
ResponderExcluirNunca se vence uma guerra lutando sozinho/
Cê sabe que a gente precisa entrar em contato/
Com toda essa força contida e que vive guardada/
O eco de suas palavras não repercutem em nada/
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro/
Evita o aperto de mão de um possível aliado, é.../
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo/
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo/
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz/
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais/
Concordo com o Altamir: Para mim, POR QUEM OS SINOS DOBRAM é o hino de Raul Seixas.
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