Philomena, filme produzido nos EUA,
Reino Unido e França, conta uma história terrível envolvendo a Igreja Católica
da Irlanda. Aos 18 anos a jovem que dá título ao longa teve um filho sem casar
e a família, com vergonha, mandou-a para uma instituição católica, dirigida por
freiras. Lá o pequeno Anthony nasceu em condições precárias, sem assistência de
um único médico, com perigo de vida para a mãe e o bebê. Deu sorte e
sobreviveu, o que muitas vezes não acontecia. Com apenas 3 anos o menino foi
adotado por um casal americano e Philomena Lee passou 50 anos procurando o
fruto de uma noite de amor, arrancado à força de sua vida pela caridosas irmãs,
que vendiam bebês a mil libras aos endinheirados casais americanos.
Existem dados assegurando que 2.200 irlandesas tiveram filhos adotados em condições semelhantes as que são mostradas na ficção.
O filme é um drama muito bom, com
direção de Stephen Frears (que nos anos 90 foi homenageado no Brasil com uma música por
Zeca Baleiro) e revela um capítulo tenebroso da Igreja Católica na Irlanda. As
freiras não somente eram mercenárias, como fizeram tudo para esconder a prática
de vender os bebês e impedir um reencontro de Philomena e Anthony.
Nos Estados Unidos, criado pelos pais adotivos, o irlandês
ganhou um novo nome e foi um assessor importante do Partido Republicano, tendo
trabalhado com os presidentes Reagan e Bush. No filme, Philomena descobre tudo
com o auxílio do jornalista Martin Sixmith (Steve Coogan), um repórter bastante crítico em relação à
Igreja.
Anthony era
homossexual e teve problemas dentro do Partido Republicano, essencialmente
conservador. O irlandês-americano morreu de AIDS em meados dos anos 90.
Apesar da
violência que sofreu por parte das freiras, a personagem não perde a fé em Deus
e no catolismo. Quando os crimes são abertamente desmascarados ela dá o seu
perdão a uma das líderes do convento, já velha, intransigente e obstinada, culpando as jovens
pelo seu destino, por terem concebido sem casar.
Philomena, o
filme, foi indicado a quatro prêmios Oscar, inclusive o de melhor atriz para Judi
Denck, que interpreta a mãe angustiada e desesperada.
Depois do
sucesso do longa, que estreou na Europa no final de 2013, a verdadeira
Philomena Lee esteve com o Papa Francisco, em Roma, quando teve oportunidade de
relatar pessoalmente os crimes praticados na Irlanda.
"É uma honra ter encontrado o papa Francisco",
afirmou a mulher de 80 anos, que foi ao Vaticano acompanhada por sua filha e o
ator Steve Coogan. "Como se vê claramente no filme, sempre tive uma
profunda fé na igreja e em sua vontade de reparar os erros cometidos no
passado", disse Philomena.
O filme teve o roteiro baseado no livro contando esse drama todo,
escrito pelo jornalista Martin
Sixmith, personagem mais importante do longa depois da própria Philomena. (Na foto o Papa Francisco recebe a irlandesa e o ator Steve Coogan).
Roberto: mesmo em viagem, fiz questão de ler o seu blog. - 2. Histórias como essa, envolvendo a Igreja Católica, em NADA me surpreendem. As patifarias das igrejas são TERRÍVEIS. - O Vaticano sempre foi um antro de tudo que é ruim. - Com algumas boas exceções, como existem em todas as normas sociais. - A própria madre Tereza de Calcutá era pródiga em humilhar os pobres, para que eles obtivessem a "salvação, o caminho do céu". - Depois, a mesma madre Tereza posava ao lado de ditadores mundo afora, em busca de dinheiro, pra manter os pobres miseráveis na ignorância e no sofrimento explícito! - Tudo isso, sempre foi feito em nome da "fé cristã". - Mas essas historinhas macabras são só uma gota d'água no Atlântico! - Porque os escândalos na Igreja Católica NÃO param de acontecer. - Vamos ver se o papa Francisco consegue limpar um milésimo da sujeira dessa igreja! – 3. Quanto às demais igrejas, os casos perversos são tão horripilantes quanto os dessa igreja romana. - É MUITO LIXO pra entupir as narinas das pessoas tapadas! Ou tapadas, ou aproveitadoras dessas safadezas generalizadas! - É ISSO. /.
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