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HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Holocausto, palavra que originalmente significa “sacrifício pelo fogo” tornou-se quase sinônimo do extermínio de judeus pelos nazistas no período da segunda guerra mundial. Seis milhões de israelitas foram assassinados pela tropas de Hitler, que matavam até por divertimento homens, mulheres e crianças nos guetos, nas ruas e nos campos de concentração erguidos em países da Europa.

Jornalista premiada, a mineira Daniela Arbex escreveu uma série de reportagens sobre o hospital psiquiátrico Colônia, localizado em Barbacena, Minas Gerais. O material jornalístico foi transformado no livro “Holocausto Brasileiro”, que narra os horrores praticados na unidade de saúde administrada pelo Estado.

Do início do século XX até o início dos anos 80, pelo menos 60 mil pessoas morreram na Colônia, com a conivência de médicos, enfermeiros, funcionários administrativos, da população de Barbacena e de outras cidades mineiras e do próprio Estado, na verdade o grande responsável por essa grande vergonha nacional.

Fica claro, no livro-reportagem, que 70% dos internados no hospital não tiveram diagnóstico de doenças mentais. Eram meninas que perderam a virgindade e os pais envergonhados jogaram-nas na sucursal do inferno. Desocupados, alcoólatras, homossexuais e até esposas, trocadas pela amantes, foram engrossar o número de “hóspedes” de Colônia.

Como morreram 60 mil pessoas nesse hospital público, ao longo de sete ou oito décadas? De fome, por maus tratos, devido ao tratamento de choques elétricos, de frio, na porrada... O Hospital mineiro em tudo se assemelhava aos campos de concentração nazistas das décadas de 40. Só faltaram os fornos crematórios.

O massacre foi denunciado em reportagem da Revista O Cruzeiro, a mais lida do Brasil nos anos 50 e 60 em 1969, com fotos chocantes do que ocorria em Colônia. Mesmo assim as autoridades não tomaram providência e a população, passiva, não se manifestou.

Colônia, imagine meu caro leitor ou leitora, era um negócio lucrativo para alguns. A média era de 16 mortes por dias e os cadáveres eram vendidos por um bom preço para as universidades de Minas Gerais, que usavam os corpos nas aulas de anatomia.

Daniela Arbex não apenas denuncia o extermínio na unidade psiquiátrica de Minas Gerais, como vai atrás dos sobreviventes e narra alguns casos capazes de emocionar os leitores do livro. Como o episódio do “louco” que reencontra a mãe mais de 50 anos depois, os dois vítimas da “sanidade” do Hospital Colônia.

Um livro indispensável.

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