Avenida Santo Antônio logo após a explosão
Do Blog de Anchieta Barros: Fazem 33 anos da tragédia no centro de Garanhuns...
Tudo
começou às oito horas e trinta minutos de quinta-feira, dia 05 de junho de 1980, a barraca de vender
fogos pertencente ao senhor Protásio Gomes Azevedo, conhecido
por Tarzinho, motivada por um curto circuíto na
instalação elétrica, explodiu e em menos de dez segundos
também explodiu a outra barraca pertencente ao senhor
José Alves da Silva Filho, conhecido por José Barroso.
Ambas as barracas de vender fogos foram armadas sobre a marquise que serve de cobertura para o Bar "O Colunata". A explosão provocou um deslocamento de ar num raio de ação de mais ou menos quinhentos metros, cujo impacto arrancou o teto de várias casas comerciais localizadas na Avenida Santo Antonio, quebrando as vidraças e portas de várias delas.
A
mais atingida foi a Veneza Americana, pertencente ao senhor Silvio Apolinário
que teve as portas arrancadas e as mercadorias totalmente danificadas.
O
setor bancário também sofreu terríveis danos, sendo que o mais atingido foi o
Banco do Brasil que teve o forro de gesso dos dois andares totalmente
danificados, dando a impressão de que havia sido decorado para uma baile de São
João.
O
Cinema Jardim que ficava localizado na praça do mesmo nome, teve o forro da
marquise e do salão de espera também destruído. A placa de cimento armado a
ferro que cobre os boxes ficou parcialmente destruídos.
Na
catástrofe morreram quatro pessoas e trinta e oito ficaram feridas. Esta foi a
segunda maior catástrofe acontecida em Garanhuns. A primeira foi a Hecatombe de
1917, por questões políticas, tendo morrido na ocasião mais de dez pessoas.
Nesta calcula-se uma prejuízo de aproximadamente cinquenta milhões de
cruzeiros. O Prefeito Ivo Amaral ao ter conhecimento do lamentável
acontecimento comunicou-se imediatamente com o Governador do Estado e todas as
Secretarias de Governo. Meia hora depois do acidente a Avenida Santo Antônio
ficou sob controle das autoridades que tomaram todas as providências
necessárias ao socorro às vítimas para evitar incêndio nas casas comerciais e
bancos.
É
conveniente se ressaltar o trabalho desempenhado pelo 71º B.I. e 4º Companhia
de Polícia que imediatamente enviaram seus soldados e num trabalho constante
amenizaram o sofrimento de todas população.
Também
prestaram inestimáveis socorros a Prefeitura desta cidade que por determinação
de Ivo Amaral foram colocados em ação todos os engenheiros, trabalhadores,
secretários e os veículos do município, a Câmara Municipal, a Rádio Difusora
que num trabalho de esforço e profícuo tranquilizou a população, a Celpe que
imediatamente procurou através de seus eletricistas, consertar a rede
de energia, prefeitos da região que vieram se solidarizar com o colega
chefe do executivo local e o povo em geral que num espírito de solidariedade
não saiu da praça durante todo o dia.
Garanhuns
viveu naquela quinta-feira, dia Corpus Christi, o mais terrível drama de sua
história. A nossa população de cento e vinte mil almas ficou totalmente
traumatizada.
Por
volta das 13:30h chegou a esta cidade o Governador Marco Maciel, acompanhado
dos Secretários José Tinoco, da Secretaria de Trabalho e Ação Social, Djalma
Oliveira, da Secretária da Saúde e vários assessores do Governo.
Na
ocasião e no local do sinistro o Governador Marco Maciel prometeu toda ajuda
necessária as vítimas e aos que sofreram danos materiais.
(Reportagem
do Professor e Jornalista José Rodrigues da Silva (saudosa memória), para o
Jornal "O Monitor" em junho de 1980 - Foto: Avenida Santo Antônio
após a explosão).
Lembro que neste mesmo tempo o Bispo Dom Tiago travava uma luta com o comércio para manter o feriado do dia Santíssimo do Corpo de Deus.Mas como o dinheiro parece ser mais importante para alguns, o comercio estava para abrir. Não digo um castigo, mas não seria um sinal? Não há o que se discutir pois esta resposta ninguém poderá dar, mas vele a pena pensar! Acorda Garanhuns!
ResponderExcluirAmigo Roberto, lendo a matéria e um filme passado em minha cabeça. era aluna do Colégio Santa Sofia e estava na Catedral de Santo Antônio onde participava da Missa de Corpus Chisti quando ouvimos o barulho. Senti muito medo. Um horror
ResponderExcluirTudo isso só acontece por causa dos erejes que não acreditam no poder de Deus. Quem brinca com Deus termina assim. Quem desafia Deus mais cedo ou mais tarde tem o que merece sua ignorância.
ResponderExcluirISTO É UMA PROVA INCONTESTE QUE A NOSSA QUERIDA KITTY NÃO É TÃO NOVINHA ASSIM!!! COM TODO RESPEITO...
ResponderExcluirEu estava em casa na boa vista e tinha 7 anos mas lembro de tudo.Os vidros do apartamento em que morava vibraram tanto que achei que iam rachar. Nós não sabíamos o que tinha acontecido e ficamos preocupados pois conhecíamos muitas pessoas que trabalhavam no comércio. Eu lembro que saiu até no jornal nacional. O centro ficou em ruínas. O lado bom dessa história foi ver que Garanhuns foi muito forte e se reconstruiu ainda mais linda.
ResponderExcluirParabens Roberto por relembrar o nosso passado, apesar de ser uma péssima lembrança, pouco se falou e mostrou alguma imagem, você fez isso com sabedoria, lembro-me que tinha sete anos, morava proximo a tomas maia, acordei com o barulho, vi algo assustador, olhei pro céu e vi uma nuvem cinza e com muitos pedaços de papel voando, minha avó não me deixou sair de casa esse dia. Horas depois soube do acontecido, e ainda tem marcas dessa tragedia no colunatas. Mais uma vez parabens por por relembrar esse fato historico da nossa Garanhuns, ia esquecendo Kity apesar de vivenciar esse tempo, ainda continua bela.
ResponderExcluirAgradeço a gentileza Ricardo. Mas é bom ressaltar que o mérito principal é do Anchieta Barros, pois foi ele que publicou originalmente este texto em seu blog. Confesso que fiquei emocionado ao terminar a leitura e descobrir se tratar de uma reportagem do professor José Rodrigues - grande figura humana! - de saudosa memória.
ResponderExcluirNesta época eu e os meus irmãos vendiam jornais pelas ruas da cidade. Estava eu descendo pela rua D. josé, após ter pego os meus jornais na banca de seu carminho na av. Sto Antonio, quando ouvi o estrondo. Senhores, eu dei uma "carreira" tão grande em direção a "não sei praonde" que terminei por me espatifar no chão. Mais tarde, já recomposto, retornei ao centro e pude perceber a tristeza e o espanto que pairava nos rostos dos presentes. O centro tinha o aspecto de uma cidade bombardeada. Cena inesquecível!
ResponderExcluirProfessor Jose Rodrigues meu pai.
ResponderExcluirA saudade é grande!!! Na época da matéria eu tinha 4 anos. Mais tenho uma pequena recordação do alvoroço que foi este dia.
Meu pai foi um dos sobreviventes desse dia ele era vigilante do banco do Brasil e nessa noticia fala de prefeito de governos que deram apoio as pessoas e nunca procuraram saber do meu pai quem estava dentro do banco que viu e sabe de tudo como aconteceu o fato e nunca o procuraram ele para saber se ele estava vivo e governo nenhum deu assistência a ele pois ele mesmo que cuidou dos seus ouvidos que estourou e que passou muito tempo para voltar sua audição e que com um tempo teve que voltar a trabalhar para não perde seu emprego toda historia tem sempre fatos bonitos quando na verdade nem sempre e o que se conta tirando o exercito que chegou lá rapidamente nenhuma outra pessoa nem autoridade deu suporte só pega o bigu para quem quiser saber a historia de verdade procurem Cicero francisco de sousa
ResponderExcluirComo encontro este senhor?
Excluir