Hoje, dia primeiro, completa
49 anos do golpe militar de 1964. O movimento vitorioso para a derrubada do
governo João Goulart começara bem antes, mas foi no início de abril que se
consolidou a mudança. Governadores foram depostos e presos, deputados foram cassados,
trabalhadores passaram a ser perseguidos. A longa noite de terror duraria 20
anos. Os vencedores se autodenominaram revolucionários e estabeleceram a data
de 31 de março como marco de derrocada do comunismo no Brasil.
Na capital pernambucana a
Secretaria de Desenvolvimento Regional e Direitos Humanos, à frente Laura Gomes (foto),
promoveu o seminário “Marcas da Memória: 49 anos do golpe civil militar no
Brasil”. O objetivo do ato foi resgatar uma época de lutas pela democracia e
criar um mecanismo de reparação às vítimas da ditadura.
Além de Laura Gomes, participaram do seminário integrantes da Comissão da Verdade em Pernambuco, como Marcelo Santa Cruz, Henrique Mariano e Marcília Gama.
É importante registrar para as novas
gerações que cerca de meio século atrás civis e militares se uniram para
derrubar um governo eleito pelo voto e implantaram uma ditadura no país. A
liberdade foi suprimida e o terrorismo passou a ser praticado pelo Estado. Bastava
pensar diferente para ser detido, torturado ou mesmo assassinado.
Hoje, apesar de tudo, mesmo com todas as
mazelas do regime político brasileiro, devemos erguer as mãos para o céu e
comemorar por viver numa democracia.
E neste ano não houve a malfadada leitura da Ordem do Dia. Os milicos engoliram no seco. Só os trogloditas de pijama, do Clube Militar, ensaiaram uma discussão. E ficaram a ver navios. - Por decisão da presidenta da República e do ministro da Defesa, não houve essa tal de Ordem do Dia, em "homenagem" aos anos de chumbo./.
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