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SOB O DOMÍNIO DO MEDO - FILMES INESQUECÍVEIS - 80º

San Pecknpah, cineasta americano, ficou conhecido principalmente pelo faroeste “Meu Ódio será Tua Herança”. Realizou outras obras no gênero, foi roteirista de “A Face Oculta”, bom filme estrelado e dirigido por Marlon Brando e também esteve à frente das câmeras no intrigante “Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia”.

Peckpah ficou marcado pela violência presente na maioria de suas obras. Em 1971 ele lançou “Sob o Domínio do Medo”, um dos melhores dramas de suspense dos últimos 40 anos.

O longa chocou os americanos, foi arrasado por parte da crítica e chegou a ter o lançamento em vídeo proibido Inglaterra até 2002.

Com o tempo, virou cult e hoje todas as pessoas com um mínimo de informação sobre a sétima arte reconhecem que “Sob o Domínio do Medo” é uma verdadeira obra prima.

“Embora tenha virado artigo maldito, o longa-metragem tornou-se material de adoração em círculos restritos de cinéfilos. Não é possível imaginar obras atrevidas como “Taxi Driver” ou “Clube da Luta” sem pensar antes em Sob o Domínio do Medo”, escreveu Rodrigo Carrero, numa avaliação do trabalho de Sam Peckinpah.

A história começa com a chegada de dois jovens recém casados a um vilarejo da Inglaterra. O matemático David Summer, um pacato cidadão norte-americano e sua esposa Amy.

Chama a atenção a beleza da garota (nem parece uma senhora casada), a câmera propositadamente passeia por suas belas pernas e foca seus seios, escondidos numa blusa sem sutiã dando a impressão que vão saltar a qualquer instante.

A maioria dos moradores da vila, que observa a chegada do casal, olha para a moça com olhos de cobiça. O espectador do cinema ou da TV também não resiste a admirar a exuberante sensualidade da mulher.

Dentre os que ficam “comendo” Amy com os olhos está um ex-namorado. A jovem senhora é natural da cidadezinha inglesa.

Os recém casados se instalam na casa, alguns homens são contratados por David para fazer serviços na parte de fora da residência e um clima estranho começa a se desenvolver.

Do início até mais da metade do filme temos mais a construção do que está por vir. Diálogos bem formulados, desentendimentos de pouca importância entre David Summer e Amy, lá fora os homens trabalhando, todos eles de aparência rude e ar de poucos amigos. Parecem um pouco canalhas.

O filme é enriquecido pela boa condução da trama por parte do diretor, pela fotografia precisa, acentuando o clima de tensão e pelo desempenho dos atores, todos bem escolhidos e bem dirigidos.

Destaque, naturalmente, para Dustin Hoffman, um dos melhores atores do cinema americano do final dos anos 60 até a década de 80. Tivemos oportunidade de escrever sobre ele quando comentamos Rain Man, quando ele brilha fazendo o papel de um autista, contracenando com Tom Cruise.

Hoffman era então um rapaz de pouco mais de 30 anos, aparentando até menos, podendo passar mesmo por um “garotão”. Era até bonito, apesar do narigão.

O que interessa mesmo, no entanto, é que o ator vive o seu personagem com muita competência, passa muita convicção, levando os cinéfilos a sentir até raiva de sua “patetice”, na maior parte do filme, e depois a torcerem por ele, quando reage com forças inesperadas contra os homens que invadem sua casa, sua vida e põem a vida do casal em perigo.

Susan George, a Amy, embora não esteja no mesmo patamar de Dustin como brilhante artista que sempre foi, é uma atriz talentosa e em diversos momentos prende a atenção do espectador e convence, levando os que acompanham a história a ficar ao seu lado. “Ela tem razão, ele é um idiota”, podemos chegar a raciocinar durante o desenrolar da trama.

Após a preparação do terreno, da criação de um clima para o que está por vir, começam as cenas fortes do filme, que causaram grande impacto na época.

Primeiro temos o estupro de Amy, mostrado de forma crua, realista, com uma sequência longa. Para os padrões de hoje talvez nada de novo, mas em 1971 causou furor e horror na Inglaterra e nos Estados Unidos.

O clímax, do meio para o fim, é demorado. São 30 ou 40 minutos de tensão, suspense, horror, sem que ninguém tenha ideia de como vai terminar tanta brutalidade.

Segundo o já citado Carrero, alguns críticos propõem uma visão antropológica do longa-metragem, vendo David Sumner como uma metáfora dos Estados Unidos: reservado, excêntrico, mas explosivamente violento quando vê seu espaço ameaçado. Outros leem a trajetória do protagonista como uma fábula sobre o animal adormecido que existe dentro de cada um de nós, e que repentinamente acorda quando nos libertamos das amarras sociais que definem nosso comportamento. “Sob o Domínio do Medo” funciona das duas formas (e outras mais), além de ser excelente cinema.

Independente das várias leituras que possam ser feitas, “Sob o Domínio do Medo” é cinema de primeira. É um filme realizado por um cineasta que dominava muito bem a sua arte e tendo como ator principal um ícone de Hollywood.

Um filme que recomendo com prazer para todos que gostam de arte mesclada com uma boa dose de adrenalina.

Um comentário:

  1. "Straw Dogs" pode figurar tranquilamente entre os cinco melhores do gênero. Na versão de 2011 os atores são mais bonitos e descolados.

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