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Pesquisas Eleitorais

UM REPÓRTER TESTEMUNHA A VOLTA DE PADRE VITO

Na foto Pe. Vito, Pedro Eurico e Ruy Sarinho (de chapéu)

O jornalista Ruy Sarinho, que mora em Olinda e trabalha no Recife, estava no Aeroporto Internacional da capital pernambucana e testemunhou a chegada e a emoção no retorno do padre Vito Miracappilo ao Brasil. Abaixo o texto do repórter enviado com exclusividade para este blog:

"Visivelmente emocionado, feliz da vida e sorrindo muito, o Padre Vito Miracapillo foi recebido nos braços dos seus amigos de Ribeirão e de Pernambuco, na noite dessa terça-feira, 03 de janeiro de 2012, mais de 31 anos após ser expulso do Brasil, em outubro de 1980, nos últimos anos da ditadura militar de 1964, pelo general-ditador de plantão, João Batista Figueiredo, aquele que gostava mais do cheiro do cavalo do que do povo brasileiro.

"Depois do desembarque, cercado por umas cinqüenta pessoas que foram recepcioná-lo, entre antigos participantes da Pastoral Católica de Ribeirão, integrantes de movimentos de direitos humanos, políticos, jornalistas, simples admiradores, ou apenas curiosos, o Padre Vito falou ao telefone com o arcebispo de Palmares, Dom Genival Saraiva de França. Na conversa, com um forte brilho nos olhos e um sorriso expansivo, ele resumiu ao amigo todo o seu sentimento, nesta volta definitiva a Pernambuco: “O avião da expulsão deu a volta”!

"Entre seus amigos e seguidores, o casal Norma Sueli e Oscar Tavares de Melo, casado pelo Padre Vito no mesmo ano de sua expulsão do País, Cícero Tavares de Melo e Sônia, todos participantes da Paróquia de Ribeirão na época em que o religioso desenvolvia seu trabalho naquela Cidade da Zona da Mata pernambucana, eram o autêntico retrato da felicidade. Eles relembravam atitudes do Padre Vito, na defesa da população massacrada pelos latifundiários aboletados em suas grandes fazendas, atuação que incomodava esses distintos simpatizantes do golpe militar.

 “O Padre Vito denunciava as injustiças e fazia a população refletir sobre elas”, sintetizou Oscar. Já sua mulher, Norma Sueli, com as flores nas mãos que levou para o querido amigo, ria ao lembrar que na estrada, no seu fusquinha acanhado, ele saía dando carona a todo mundo que encontrava pelo caminho. “Entravam mais de dez, de um em um; certa vez, ele terminou com o volante solto, na sua mão”, contou.

"A história, ainda tem gente, principalmente os mais novos, que não conhece, ou apenas ouviu falar. No dia sete de setembro de 1980, o Padre Vito Miracapillo recusou-se a celebrar a missa programada pela Prefeitura Municipal de Ribeiro, Cidade da qual era o pároco, em comemoração ao Dia da Independência do Brasil, por entender que aquele povo, sofrido e humilhado pela miséria social, pela exploração dos patrões do coronelismo rural e violência da ditadura militar vigente, não havia conquistado, ainda, a sua independência. Depois do episódio, incitado por esses latifundiários e pela ação de um obscuro e folclórico deputado estadual, Severino Cavalcante, que era uma dos mais fiéis lambedores das botas dos generais, João Batista Figueiredo baixou um decreto, expulsando o religioso do Brasil.

“Para nós, foi a morte”, definiu a paroquiana de Ribeirão, Norma Sueli. Apesar da frase forte da sua amiga fiel, de certa forma, a expulsão do padre italiano Vito Miracapillo pode ter sido a salvação de sua vida. Ninguém que viveu aquela época duvida que se ele, tivesse permanecido em Ribeirão, poderia ter sido assassinado, como o Padre Henrique, por pistoleiros contratados pelos fazendeiros da região, com o aval dos militares, incomodados com as suas pregações e com a mobilização dos camponeses, que eram orientados por ele a defenderem e lutarem por seus direitos, por suas vidas.

"Nesta volta, o Padre Vito Miracapillo terá o seu visto permanente no Brasil renovado, a partir de ação impetrada no Ministério da Justiça pelo advogado e ex-deputado, Pedro Eurico, que foi um dos que o recepcionaram, no Aeroporto Internacional dos Guararapes, neste retorno festivo e emocionante a Pernambuco. Sob o coro dos seus amigos, cantando a música-poema Vito, Vito, Vitória!, composta na época pelo Padre Reginaldo Veloso, do Morro da Conceição, o momento ainda ganhou mais emoção quando todos, em coro, leram em voz alta as palavras proféticas de Dom Helder Câmara, publicadas em 31.10.1980, pelo Jornal Do Brasil, e impressas na contracapa do livro O Caso Padre Miracapillo:

“Em lugar de julgar os juízes da nossa Corte Suprema,
prefiro dirigir-me ao Padre Vito: vá tranquilo, Padre Vito.
Agradeço a Deus que você não leve travo nenhum em
seu coração. Continuaremos a luta pacífica, mas corajosa,
da qual você participou. Continuaremos, inclusive, a
sustentar que defender os direitos humanos é direito e dever
de todas as criaturas humanas, sobretudo os cristãos.
Saiba que não é o povo brasileiro que o está expulsando.
E alegra-me pensar que, assim que o Estatuto dos
Estrangeiros assumir uma redação humana, você voltará
a este país e a este povo que você leva em seu coração
(...) A Igreja, com a ajuda divina, não mudará sua linha
pastoral, aprovada abertamente pelo Santo Padre, em
sua inesquecível visita ao país”. (DOM HELDER CÂMARA)

6 comentários:

  1. José Fernandes Costa4 de janeiro de 2012 às 22:07

    Os gorilas de plantão NÃO tinham coragem para mandar assassinar o padre VITO MIRACAPILLO! - Assim como NÃO tiveram coragem de mandar matar o DOM DA PAZ, DOM HÉLDER CÂMARA! - Por quê? - Porque o padre VITO é italiano. - E matar um padre estrangeiro, por ordens dos ditadores, causaria grandes manchetes na Europa. E os trogloditas de sentinela tinham medo da repercussão, no exterior, dos seus assassinatos em série. - E quanto a DOM HÉLDER? - ESTE era uma figura internacional. Os seus algozes apenas proibiam a "imprensa" de falar no nome de DOM HÉLDER! E a imprensa SUJA NADA falava sobre o DOM! - Quando DOM HÉLDER queria falar, ia para a França e lá dizia o necessário. E os jornais franceses e de outras partes da Europa publicavam tudo. - E os milicos sanguinários ficavam de bico fechado. - Pra se vingarem de DOM HÉLDER, os ditadores assassinos mandaram matar o padre HENRIQUE, que era auxiliar de DOM HÉLDER, nos trabalhos comunitários. - E por que foi facílimo matar o padre HENRIQUE? - Porque tudo ficaria restrito aos arredores de Recife, já que o padre HENRIQUE só tinha mesmo a fé, o terço do rosário e a batina! Essas eram as armas do padre HENRIQUE. - Então, os trogloditas mandaram matá-lo e nada de mais, nem de menos aconteceu./.

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  2. Hoje todos querem se solidarizar com a volta do Padre Vitor Miracapillo. Eu também a saúdo como a volta de um homem de Deus, como o faço com D. Helder Câmara. Todos querem aparecer como baluartes da luta contra a ditadura. Deveriam pelo menos serem coerentes e falarem de quantos Miracapillos foram presos, torturados e mortos pelas ditaduras ditas socialistas até hoje. São dois pesos e duas medidas. Existem as ditaduras socialistas que são boazinhas e aquelas capitalistas que são mázinhas. E o que dizer de Cuba, da Coreia do Norte, das ditaduras árabes, e até da China, que usa o capital internacional, e o manipula com a ditadura do partido único?

    O Sr. Ccsta em cima dos seus preconceitos, que todos conhecem, vem falar nas armas do Padre Henrique, que eram a fé, o terço do rosário e a batina. Quanda hipocrisia para quem vive denegrindo o tempo todo a religião católica. Me engane que eu gosto! São daqueles, onde se enquadra um jornalista de Olinda, que vivem combatendo a Igreja e louvando aqueles que agem em seu nome como o D. Hélder e o Padre Vítor.

    Nossa presidenta parece que vai a Cuba beijar a mão de Fidel e louvar seus feitos. Será que ela vai rezar um Pai Nosso com ele, como o fez durante a campanha para enganar os eleitores? Claro que não vai, até a próxima eleição. Ai o nome de Deus e da Igreja aparecem e serão louvados. Quanta hipocrisia!

    Lucinha Peixoto (Blog da Lucinha Peixoto)

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  3. Se esse Jos� Fernandes Costa apanhasse 1% da mulher o que apanha da Lucinha Peixoto, j� estava descaderado e em cadeira de roda. A Lucinha s� bota nele fervendo e com argumentos precisos e incontest�veis. � surra de lascar e o peste n�o se emenda. Te cuida cabra de Bom Conselho, puxasaco de Judite.

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  4. Eu acho que esse ze fernando é comunista também. Bajular um pade ateu é dimais.

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  5. José Fernandes Costa5 de janeiro de 2012 às 20:35

    NÃO tenho por que responder a um homossexual que se fantasia com pseudônimo de mulher. Se o sujeito quer ser homossexual, que assuma por inteiro essa sua condição. E NÃO venha travestido, tentando passar-se por pessoa do sexo oposto. - Quanto ao energúmeno, que também deve ser pseudônimo (não sei se, além disso, é homossexual), este só merece o meu DESPREZO. - A PREFEITA JUDITH NÃO precisa de nenhum mau caráter, tipo esse que aí se apresenta./.

    EM TEMPO: - Amanhã, às 10h, estarei me ausentando de Recife e dos computadores. - Voltarei na segunda-feira./.

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  6. João Matias - Heliópolis6 de janeiro de 2012 às 07:35

    Eu ate gosto desta briga entre os bonconselhenses. Mas o Didier esta certo. A Lucinha bota fervendo do Ze Fernando e com razão. O homem é hipócrita e gosta de aparecer mesmo.
    Esta de tá chamando ela de homossexual é o mesmo que tirar o sofá da sala, não resolve Zé Fernando e ela nem deve se importar com isso.
    Tanta festa por causa de um padre que se não tivesse sido expulso ninguém saberia nem onde estaria. Desperdício de jornal.

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