Do respeitado jornalista Mino Carta, na Revista CartaCapital:
Pergunto aos meus intrigados botões por que a mídia nativa praticamente ignorou as denúncias do livro de Amaury Ribeiro Jr., A Privataria Tucana, divulgadas na reportagem de capa da edição passada de CartaCapital em primeira mão. Pergunto também se o mesmo se daria em países democráticos e civilizados em circunstâncias análogas. Como se fosse possível, digamos, que episódios da recente história dos Estados Unidos, como os casos Watergate ou Pentagon Papers, uma vez trazidos à tona por um órgão de imprensa, não fossem repercutidos pelos demais. Lacônicos os botões respondem: aqui, no Brazil-zil-zil, a aposta se dá na ignorância, na parvoíce, na credulidade da plateia.
Ou, por outra: a mídia nativa empenha-se até o ridículo pela felicidade da minoria, e com isso não hesita em lançar uma sombra de primarismo troglodita, de primeva indigência mental, sobre a nação em peso. Não sei até que ponto os barões midiáticos e seus sabujos percebem as mudanças pelas quais o País passa, ou se fingem não perceber, na esperança até ontem certeza de que nada acontece se não for noticiado por seus jornalões, revistonas, canais de tevê, ondas radiofônicas.
Mudanças, contudo, se dão, e estão longe de serem superficiais. Para ficar neste específico episódio gerado pelo Escândalo Serra, o novo rumo, e nem tão novo, se exprime nas reações dos blogueiros mais respeitáveis e de milhões de navegantes da internet, na venda extraordinária de um livro que já é best seller e na demanda de milhares de leitores a pressionarem as livrarias onde a obra esgotou. A editora cuida febrilmente da reimpressão. Este é um fato, e se houver um Vale de Josaphat para o jornalismo (?) brasileiro barões e sabujos terão de explicar também por que não o registraram, até para contestá-lo.
Quero ir um pouco além da resposta dos botões, e de pronto tropeço em -duas razões para o costumeiro silêncio ensurdecedor da mídia nativa. A primeira é tradição desse pseudojornalismo arcaico: não se repercutem informações publicadas pela concorrência mesmo que se trate do assassínio do arquiduque, príncipe herdeiro. Tanto mais quando saem nas páginas impressas por quem não fala a língua dos vetustos donos do poder e até ousa remar contracorrente. A segunda razão é o próprio José Serra e o tucanato em peso. Ali, ai de quem mexe, é a reserva moral do País.
Estranho percurso o do ex-governador e candidato derrotado duas vezes em eleições presidenciais, assim como é o de outra ave misteriosa, Fernando Henrique Cardoso, representativos um e outro de um típico esquerdismo à moda. Impávidos, descambaram para a pior direita, esta também à moda, ou seja, talhada sob medida -para um país- que não passou pela Revolução Francesa. Donde, de alguns pontos de -vista, atado à Idade Média. O movimento de leste para oeste é oportunista, cevado na falta de crença.
Não cabe mais o pasmo, Serra e FHC tornaram-se heróis do reacionarismo verde-amarelo, São Paulo na vanguarda. Estive recentemente em Salvador para participar de um evento ao qual compareceram Jaques Wagner, Eduardo Campos e Cid Gomes, governadores em um Nordeste hoje em nítido progresso. Enxergo-o como o ex-fundão redimido por uma leva crescente de cidadãos cada vez mais conscientes das -suas possibilidades e do acerto de suas escolhas eleitorais. Disse eu por lá que São Paulo é o estado mais reacionário da Federação, choveram sobre mim os insultos de inúmeros navegantes paulistas.
Haverá motivos para definir mais claramente o conservadorismo retrógado de marca paulista? E de onde saem Folha e Estadão, e Veja e IstoÉ, fontes do besteirol burguesote, sempre inclinados à omissão da verdade factual, embora tão dedicados à defesa do que chamam de liberdade de imprensa? Quanto às Organizações Globo e seus órgãos de comunicação, apresso-me a lhes conferir a cidadania honorária de São Paulo, totalmente merecida.
MINO CARTA e alguns poucos jornalistas de tal envergadura, são a reserva moral do que resta de imprensa séria neste país. - Os insultos a ele dirigidos são folhas de verão: murcham e viram pó. - 2. O jornalista Amaury Ribeiro Júnior ganhou três Prêmios Esso, quando trabalhava para o desonrado "O Globo", dos cínicos Marinhos. - 3. Já no Correio Braziliense (com Z), em 2007, Amaury sofreu uma tentativa de homicídio, sendo baleado nos arredores de Brasília. O autor dos disparos, segundo se apurou, foi um sobrinho da prefeita Sônia Melo, do PSDB. - Amaury Jr., que sempre fez jornalismo investigativo, estava investigando, naquela época, o NARCOTRÁFICO. Por isso mesmo, incomodava tanto ao PSDB. - A tentativa de homicídio sofrida a mando do PSDB de Brasília, foi repercutida internacionalmente. E Amaury precisou ir para Minas, trabalhar no jornal "O Estado de Minas", do mesmo grupo do Correio Braziliense (com Z). - Afora os três prêmios Esso, Amaury Jr. ganhou quatro prêmios Vladimir Herzog. - Por conta desse denodo investigativo, que contrariou o PSDB e outros maus políticos, os mandatários da Polícia Federal "armaram" algumas ciladas para indiciar Amaury Ribeiro Júnior em alguns crimes, como "violação de sigilo fiscal", "uso de documentos falsos" etc. - O jornalista Amaury Júnior está se defendendo dos processos, veementemente. - Em vista dessa sua vida agitada, investigando muitos bandidos de alto coturno, hoje vem esse PSDB SUJO querer desqualificar o jornalista que escancarou a PRIVATARIA TUCANA. Então, essa gente desqualificada, afirma, em notas pífias, que o jornalista "responde a vários processos por compra de informações" etc. - É MUITA CARA-DE-PAU desse Fernando Henrique, boca de sovaco. E também de outros tipos como Sérgio Guerra, Zé Serra e mais um punhado de gente que forma a camarilha desse pessoal de plumagem manchada./.
ResponderExcluirLá vem o Zé Fernando tapar o sol com uma peneira. Veja hoje no Blog do Noblat o quem é o Amaury Ribeiro Jr. dito pelo Merval Pereira, e basta ver os vídeo de suas entrevistas que estão no YouTube. Eu não aguentei de tanta burrice. São os blogs chapa branca com estes do Roberto que deram destaque a tal coisa tão ruim e que chamam de jornalismo.
ResponderExcluirE o Zé Fernando acompanha o facciosismo do chefe que ele tanto baba. Nem a Telma caiu nessa. Mas o Zé continua firme. É MUITA CARA DE PAU, como ele diz dos outros. Penso que ele só tem guarita neste blog mesmo.
NOTA - É risível a acusação do Matias de que o Blog é Chapa Branca. Não temos nenhum contrato com o Governo Federal nem estadual e tanto divulgamos notícias positivas da gestão de Dilma e Eduardo quando negativas. Temos mais de 30 mil acessos por mês e não se consegue isso sem fazer um jornalismo de verdade. Talvez o leitor não saiba o que é chapa branca nem nunca tenha ouvido falar em jornalismo marrom, que é o que a grande imprensa do Brasil está fazendo hoje. Outra informação: O Mino Carta, o cara que escreveu o texto desse post, foi quem fundou a IstoÉ e a Veja, no tempo em que essas revistas (pelo menos a segunda) tinham um mínimo de decência.
ResponderExcluirRoberto, eu sei o que é chapa branca e talvez você não está cem por cento dentro do termo, mas que está tentando chegar lá isto é um fato. O Mino Carta hoje hoje está na folha de pagamento do Planalto a muito tempo. Ele, o Nassif e outros menos conhecidos como o Amauri Jr. Sei que seu blog é importante e tem boa audiência, mas poderá perde-la. Eu não vi nada sobre o Pimentel e a amoralidade de Dilma no caso.
ResponderExcluirVocê tem todo direito de pensar como quiser mas não pode negar o que diz e o que faz.
Um analfabeto mal-intencionado NÃO merece que eu me dirija a ele. - "Quem com porcos se mistura, farelos come." - Respeito os analfabetos de bom caráter. Aliás, tenho admiração pelas pessoas simples, sem escolaridade, MAS COM EDUCAÇÃO. - Porque essa educação a que me refiro, vem da família, do berço. - NÃO se adquire educação nas escolas. Nem nas de primeiro e segundo graus, muito menos nas de terceiro grau. - O QUE NÓS ADQUIRIMOS NAS ESCOLAS DE QUALQUER GRAU É INSTRUÇÃO, INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS. Isso, quando queremos aprender. - Mas quem chega a qualquer escola SEM educação, sairá de lá do mesmo jeito, SEM educação. - Eu, pelo menos, e tantos outros que conheci e conheço, chegamos às escolas levando educação que trouxemos de casa. - E, em que pese termos encontrado alguns maus elementos nas escolas por onde passamos, saímos de lá com a mesma educação doméstica que já tínhamos. - Contudo, além da educação doméstica, a gente recebe educação de outras famílias amigas. E de bons companheiros, no curso das caminhadas. Porque nos juntamos às boas companhias. E essas boas companhias nos levam ao seio de suas famílias. E lá nos sentimos gratificados pela solidariedade que recebemos e pela educação que constatamos. - Isso aconteceu comigo: em minha terra; em Recife; em Salvador; em Niterói, no Rio de Janeiro; em São Paulo; Osvaldo Cruz (SP); em Cajazeira (PB) etc. E até em passagens pelo exterior. - Assim, por que eu iria me nivelar pelo rés do chão, com pessoas desqualificadas, que só vêm aqui para agredir os outros? Uma pessoa que escreve oito linhas e erra em cinco ou seis! Ademais, que não liga coisa com coisa! - NÃO tenho por que me rebaixar, trocando insultos com elementos desse feitio./.
ResponderExcluirEu não entendo o Zé Fernando. Veja seu primeiro comentário quantas pessoas ele insulta. Depois para dizer que é letrado escreve dizendo que não quer se rebaixar, e já se rebaixando, para discutir com que erra no português. Sim, eu erro sei, não tenho faculdade nem nunca fui no exterior mas quem não tem educação doméstica é o Zé Fernando que não passa de um raivoso babão de dono de blog. Zé, o Roberto pode até ser chapa branca mas ele o publicaria mesmo se você disse o que pensa de verdade. Não precisa se apresentar com o homem totalmente correta e sem mácula com que você comenta acima. Todos o conhecem e eu conheço seus comentários aqui e ninguém aqui em Garanhuns suporta mais suas intromissão descabida em coisas que não entende.
ResponderExcluirQuem não quer discutir com você sou eu, apenas o respondo quando você diz bobagens, o que é quase sempre...