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CARRIE, A ESTRANHA - FILMES INESQUECÍVEIS - 64º


Brian de Palma, cineasta americano, para uns é considerado o sucessor de Alfred Hithcock, o mestre do suspense. Embora certamente não tenha chegado à perfeição técnica do inglês, não resta dúvida que o diretor de Vestida para Matar é um grande profissional por trás das câmeras. No seu currículo, além do filme citado, estão Femme Fatale, A Dália Negra, Olhos de Serpente, o primeiro Missão impossível, A Fogueira das Vaidades, Um Tiro na Noite e os Intocáveis.

Um dos primeiros sucessos da carreira de Brian de Palma foi “Carrie, a Estranha”, de 1976, até hoje um dos grandes clássicos da linha de horror, no mesmo nível de O Exorcista e o Bebê de Rosemary.

Em 2002 foi às telas uma nova versão de Carrie, mas esqueça. Não chega nem perto do primeiro, tanto pela falta de um diretor do mesmo nível, quanto pelo elenco que fica muito aquém do premiado filme da década de 70.

Carrie, a Estranha trata do problema do bulling nas escolas, numa época em que esta palavra ainda nem era pronunciada por aqui. As agressões, perseguições e zombarias contra os colegas nos colégios já existiam, por certo, porém ainda não eram definidas por um termo e estudadas por psicólogos, psiquiatras, psicanalistas e outros profissionais da área médica.

O filme, no entanto, vai além desse tema. Aborda também a questão do fanatismo religioso, as inquietações da adolescência, o isolamento dos jovens e os preconceitos em geral.

A estrela principal do filme é Sissy Spacek, que está inteiramente convincente no papel de Carrie. Outra atriz que se destaca na trama é Piper Laurie, que vive a mãe do personagem principal, enlouquecida pelo fanatismo religioso.

Johan Travolta, outro ator conhecido de Hollywodd neste trabalho, fazia então seu segundo papel. Era quase um garoto, que só ficaria famoso após o filme “Os Embalos de Sábado à Noite”, produzido depois de Carrie.

Carrie White é levada a acreditar que é diferente das outras por conta do bullying que sofre na escola. É tímida, introspectiva, frágil e desorientada.  Margareth, sua mãe, é uma fanática religiosa que chega a ser violenta para que a filha cumpra suas preces e ore com fervor.

Vivendo  um ambiente repressor e de alienação em casa e sofrendo preconceitos e perseguições no colégio, Carrie passa por situações delicadas.

Uma cena impressionante do filme, digna de Hithcock, é quando a garota, no banheiro da escola, tem sua primeira menstruação. Sem saber o que está acontecendo, fica desesperada, sofre, imagina que a morte se aproxima.

Seus colegas, ao descobrirem o que está acontecendo, em vez de demonstrarem um mínimo de solidariedade e compaixão, passam a zombar da menina. Em coro fazem pilhérias e dão risadas deixando a jovem angustiada cada vez mais perturbada.

Quem assiste o filme, sente pena de Carrie, torce por ela, abomina os estudantes – rapazes ou moças – que a humilham a maior parte do tempo.

O filme cresce e envolve o tempo todo graças a maestria de Brian de Palma, ao ótimo roteiro e ao elenco bem escolhido, à frente a magistral Sissy Spacek.

A história se encaminha para uma tragédia e o mais completo horror. Carrie descobre ter poderes sobrenaturais. Após ser enganada e novamente humilhada, publicamente, resolve se vingar. Então a “casa desaba”, o “mundo cai”. A menina usa toda sua força para punir os colegas que abusaram das suas fraquezas e fragilidades.

Carrie,  a Estranha tem um dos finais mais surpreendentes da história dos filmes de horror e suspense. Quando alguém assiste a primeira vez, no cinema, e depois vai pra casa não consegue esquecer de imediato o que viu. O impacto é muito grande. Mexe com a cabeça, com os nervos.

Brian de Palma fez de Carrie um clássico querido pelo público, reconhecido pela crítica, imitado, capaz de influenciar outros filmes que vieram depois e até as novelas de televisão no Brasil. Algumas das cenas vividas por Sissy em 1976 foram depois plagiadas descaradamente por outros cineastas ou diretores de novelas de televisão.

Quem ainda não assistiu Carrie, a Estranha deve fazê-lo. Rever depois de muito tempo também é um bom programa porque esta é uma obra atemporal, capaz de impressionar e empolgar, em 2011, da mesma maneira que fez há 35 anos atrás.

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