OS ESTADOS UNIDOS SE CURVAM AO BRASIL

Dois anos atrás, Victor Bahia ia ganhando a vida  entregando pizzas para os alunos da Universidade de  Berkeley, vivendo em bairros pobres e esquivando-se as autoridades de imigração. Esses dias, ele toca dois negócios, entre freqüentes viagens para a praia em sua cidade natal (Salvador) e churrascos com a família numa nova casa em um subúrbio tranquilo.

Mas ele não voltou porque tinha realizado o sonho de muitos imigrantes: ganhar dinheiro suficiente nos Estados Unidos para começar vida nova em casa. Ele desistiu da Califórnia porque se convenceu de que o Brasil ofereceu melhores oportunidades, crescendo muito mais do que os EUA em crise.

E, como muitos outros que têm cada vez mais feito a viagem de regresso, ele descobriu que a realidade superou de longe suas expectativas.

“Eu nunca planejei sair, realmente. Eu adoro aquilo lá “, disse Bahia, 25 anos . “Mas minha mãe e todos no Brasil me diziam que a economia (no Brasil) estava explodindo como nunca antes, e todo os empregos  tinham sumido na área da baía (de S. Francisco, não na de Todos os Santos). É a mesma razão que a maioria dos brasileiros que  eu conheço que  também foram embora”.

Desde que a crise econômica atingiu os EUA em três anos, a economia brasileira continuou a crescer, e a moeda, o real, se valorizou consideravelmente em relação ao dólar. A taxa de desemprego no brasil é a mais  baixa em termos históricos, e as rendas, especialmente das classes média e baixa, estão subindo rapidamente. Em muitos setores, os trabalhadores brasileiros ganham mais do que suas congêneres dos EUA. (Matéria publicada no Jornal Los Angeles Times).

Agora conosco, como diria o meu compadre Ronaldo: Ainda tem gente que acha que Lula e Dilma não fizeram nada. Fizeram sim e o Brasil tem avançado, apesar de inúmeros problemas, inclusive os de corrupção – que não é só do Governo, está entranhada por todo canto. Precisamos reeducar os políticos e os eleitores, os empresários, os advogados, os médicos, os jornalistas e os professores. Não todos, é claro, existe também gente decente, que não se acha o máximo porque passa o outro pra trás. Pena que a Folha de São Paulo e o Estadão não tenham a mesma visão de Brasil do que esse jornal dos Estados Unidos. Pena que para avaliar a Universidade Rural, extensão Garanhuns, meu amigo Rafael Brasil não vá conversar com os professores e estudantes, prefira transcrever o reacionário Reinaldo Azevedo, que nunca veio aqui nem sabe como é a nossa cidade.

Ora, a UFRPE e a UFPE, que existem há décadas têm inúmeros problemas, imagine as unidades criadas quatro anos atrás. Devemos apontar os problemas dessas universidades, cobrar providências às autoridades e propor soluções, não tentar desqualificá-las, exterminá-las, porque são criação do PT. Os interesses dos estudantes e da sociedade devem estar muito acima de partidos políticos e ranços pessoais.