UMA LINDA MULHER
O filme “Uma Linda Mulher” já tem 21 anos, quem diria! O tempo passa rápido mesmo. Parece que foi ontem: um cinema no centro do Recife lotado, jovens atrás de sonhos, e na tela uma história romântica, um conto de fadas moderno para adultos. O romance aparentemente despretensioso, bobo até, pegou em cheio homens e mulheres cansados do trabalho, do trânsito, dos problemas de casa e do dia a dia. Alguns usam como válvula de escape as brigas domésticas, o futebol, a igreja, as cenas de ação. Outros, felizmente, se dão por satisfeitos com uma boa história de amor.
No livro “1000 Filmes para ver antes de morrer”, há uma resenha interessante sobre “Uma Linda Mulher”. O longa dirigido pelo americano Gary Marshal recebe elogios, mas é particularmente interessante a observação de que a história é pouco provável de acontecer na vida real. De fato, o autor do texto tem razão. Mas o cinema, a literatura, o teatro, a televisão, até mesmo os jornais, não conseguem seus maiores êxitos exatamente quando nos trazem o inusitado, o diferente, o pouco provável ou o quase impossível?
Já pensou um cinema e uma literatura lidando só com o possível, o real? Quantos filmes e livros bons perderiam seu valor...
Pobres daqueles que não conseguem mais sonhar e desprezam as obras leves, divertidas, bonitas, românticas...
“Uma Linda Mulher”, revisto mais de duas décadas depois, mantém o charme e a beleza do início da década de 90. É a história de Cinderela recontada, num outro contexto, pretendo atingir um público diversificado.
O enredo é simples demais. Vivian Ward (Júlia Ward) é uma prostituta que batalha pelo pão e o dinheiro do aluguel nas ruas de Los Ângeles. Edward Lewis (Richard Gere) é um milionário que ganha dinheiro comprando empresas em dificuldades e as revende em partes, com isso conseguindo multiplicar os lucros.
Edward tem um advogado, Stuckey (Jason Alexander), um cara durão que o acompanha no trabalho há muitos anos. Juntos eles conseguem sempre vencer, dobrar os empresários falidos, fazer mais dinheiro.
Numa de suas viagens de negócios, Lewis está num carrão com dificuldades para localizar um endereço. Estaciona o veículo no local em que duas prostitutas fazem ponto, e uma delas, Vivian vai ao encontro de quem pensava ser um cliente.
A moça entra no carro para ajudar Edward a encontrar seu destino e termina acompanhando o empresário até o hotel. Conversam durante o trajeto, surge uma empatia e Vivian termina subindo até o quarto do rapaz.
Ela só pensa em fazer sexo, ganhar uma boa grana e ir embora. Ele está sem rumo. Não sabe bem o que fazer com a prostituta. Talvez esteja com um problema maior: parece que não sabe o que fazer de sua vida. Só ganhar dinheiro, na maioria das vezes em cima da desgraça dos outros, já não é o bastante.
Vivian está vestida escandalosamente, no início cria situações constrangedoras, não sabe se portar. É inteligente, porém, em pouco tempo aprende e se transforma.
O empresário termina por contratar a garota de programas por uma semana, pagando-lhe a fabulosa quantia (para ela) de U$ 3 mil.
Acontece que uma semana ou alguns dias são o bastante para gerar um clima, uma química, fazer nascer um sentimento mais profundo.
Tempo suficiente para Vivian Roberts perceber a merda em que vivia. Para Edward Lewis constatar o vazio de sua existência aparentemente bem sucedida.
Algumas situações criadas pelo diretor são claramente para agradar a platéia, fazê-la torcer pela “heroína”. Como quando ela é humilhada numa loja chique da cidade, praticamente expulsa pelas vendedoras e volta, depois, bem vestida, cheia de pacotes e aparentando ter grana para dizer: “Vocês trabalham por comissão? Pois cometeram um grande erro’.
O grande êxito desse filme reside na sua simplicidade, na direção sem invenções, na trilha sonora jovem e dançante e principalmente na química perfeita de Richard Gere e Julia Roberts, que convencem e encantam na pele do par romântico formado por Edward e Vivian.
Como observaria um cinéfilo sobre a dupla: Gere e Julia não conseguiram, anos depois, repetir a performance que tiveram em Uma Linda Mulher no filme Noiva em Fuga.
Uma Linda Mulher é encantador, é bonito, faz bem, é difícil de esquecer. Virou um clássico da comédia romântica e por isso, como escreveu outro fã do filme, num site de cinema: “É um filme que marcou a vida de muita gente, é uma obra para se ter na coleção”.
Depois desse trabalho Richard Gere e Julia Roberts nunca mais seriam os mesmos. Virariam celebridades, atores do primeiro time de Hollywood, estrelariam dezenas de filmes de imediato sucesso comercial pela simples presença de um deles.
Gere e Julia, em 1990, no auge da beleza e com o talento de ator e atriz aflorando, fizeram este filme tão bonito, acertadamente intitulado de Uma Linda Mulher.
Eu tenho esse filme nos meus favoritos. E uma linda historia,com a pintada certa de romance. Já assistir mais de 100 vezes, sem exageros. Esse ano foi o primeiro filme que passou no sbt,e eu assistir rsrs
ResponderExcluireu amo esse filme lindo, tenho todos os filmes da Julia Roberts ela é fantástica, principalmente a edição de 15 anos, pois quando vi a primeira vez,foi algumas cenas, mas não tenho o original,de 1990 que tem a capa inteira. só falta 3 pra coleção rsrsrsrs.
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