CONTEXTO

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Pesquisas Eleitorais

TROPA DE ELITE 2 ESTREIA NO ELDORADO

Nesta sexta-feira, dia oito, estreia no Cine Eldorado o filme "Tropa de Elite 2", um dos mais aguardados lançamentos nacionais do ano. O longa do diretor José Padilha, com Wagner Moura no papel do capital Nascimento, promete causar o mesmo impacto do primeiro Tropa de Elite. Para saber mais leia o comentário abaixo:

"Na mesma semana em que o deputado federal mais votado do Brasil é eleito dizendo que "pior do que está não fica", o agora Coronel Nascimento discorda afirmando que "nada é tão ruim que não possa piorar". E em Tropa de Elite 2, os deputados são parte de um sistema em que não há como escapar. E nele, ninguém é inocente.

Mais do que um simples filme de ação, a continuação de um dos maiores fenômenos recentes do cinema nacional abre o leque e atira para todos os lados. E a mira do diretor José Padilha é tão precisa que qualquer um torna-se alvo fácil. Porém, coincidentemente ou não, o filme só chega aos cinemas depois das eleições, evitando seu maior confronto. 

Enquanto no primeiro filme o herói lutava contra o tráfico, agora ele percebe que este inimigo já não é mais uma ameaça. É a própria polícia do Rio de Janeiro, sob o comando do alto escalão da política nacional quem ameaça o bem estar da população sob a forma das milícias. E mesmo que ameace o povo, estas milícias conseguem o apoio popular, o que dificulta ainda mais o combate. 

Assim como em Tropa de Elite, boa parte do público sai do segundo filme com a certeza de que uma arma na mão pode ser a solução para qualquer problema. Mas se Nascimento não tivesse agido como antes, seus problemas de hoje não existiriam. Ele também é culpado. Assim como é aquele que vota com a certeza de que nada mais pode piorar. (Por Ravi Santana, do site Cinema & DVD)

2 comentários:

  1. CARO ROBERTO ALMEIDA,

    ESTE ARTIGO É DO DIÁRIO DE CUIABÁ DE HOJA.

    ABRAÇOS,

    SAMUEL SALGADO

    O jogo sujo da sedução

    Alguns fatores incidentais influenciaram o resultado das eleições para a presidência da República, permitindo o inesperado segundo turno. Uns mais, outros menos. O primeiro deles, e de menor importância, foi o bafafá montado em torno da quebra de sigilo bancário de algumas vistosas aves do bico grande. Apesar do barulho, teve pouca repercussão no posicionamento do eleitor. Além de não ser o fato em si importante para a grande maioria, vindo dos tucanos merece nenhuma credibilidade para os que se importam com isso. Foram eles mesmos que abusaram desse expediente nos oito anos em que governaram o Brasil. Não é segredo que, para a aprovação da emenda da reeleição, usaram a quebra de sigilo fiscal e bancário de deputados e senadores como arma de convencimento. E foi exatamente no governo FHC que o Banco Central esgotou todos os recursos judiciais possíveis tentando fazer valer um suposto direito seu de violar e expor sigilos bancários sem ordem judicial.

    Em seguida puseram fogo na cadeira da ministra chefe da Casa Civil. Ai a oposição teve a sorte de contar com o vacilo da funcionária ocupante do cargo. Como dizia Jânio Quadros, e nisso estava absolutamente certo, funcionário público não pode ter parentes rondando o seu ambiente de trabalho. Pode ser até que por lá esteja tudo nos conformes, dado que nenhuma evidência de anormalidade apareceu, mas que restou algum desgaste, com reflexos na campanha da candidata, isso é fato, não há dúvida. No episódio, porém, fez o governo o que era natural e aconselhável: demitiu-se a ministra e mandou o caso para as autoridades competentes - Polícia Federal e Ministério Público. Não se tem notícia de coisa parecida na gestão tucana que dispunha, como é sabido, de um proeminente funcionário do primeiro escalão na posição de Engavetador Geral, como passou a ser chamado, inclusive por setores da grande mídia.

    Como nenhum desses dois episódios pareceu dar o resultado desejado, a ave sorrateira resolveu lançar mão dos seus melhores atributos. No submundo da criminalidade cibernética encontrou os parceiros que procurava. E então, com a ajuda providencial dos mais astutos delinqüentes, promoveu uma onda de boatos infamantes sobre a vida, o pensamento e a pessoa da candidata Dilma Rosseff, para atingir o coração e a sensibilidade das pessoas devotas. Tudo sem o menor fundamento. A bandeira do aborto, por exemplo, quem a empunhou, num passado recente, outro não foi senão o PSBD paulista, através de uma deputada que carrega serpente no nome. E quem teria afirmado, certa feita, que Deus não existe também não foi outro senão o tucano-mor que exerceu a presidência da República por dois mandatos.

    Mas esses expedientes visavam algo mais do que votos. Ao que parece, teve como objetivo fundamental a desestabilização da campanha que dá suporte à candidata do presidente Lula. Para, no meio do burburinho, despertar a atenção do eleitor de baixa renda, alvo principal dessas eleições. De outro modo não teria credibilidade a promessa de aumento do salário mínimo para 600 reais e de dez por cento para aposentados e pensionistas do setor privado. É apenas uma promessa, mas isso, sim, mexe com a expectativa imediata de mais de um terço da população brasileira, que já não se lembra que os tucanos, depois de oito anos no poder, legaram ao povo brasileiro um salário mínimo inferior a 100 dólares e aposentadorias e pensões que, excluídas as do setor público, não chegavam, na média, a 140 dólares.



    *LEVI MACHADO DE OLIVEIRA é advogado

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  2. Tribuna do Norte
    Melhores universidades do mundo


    07 de Outubro de 2010

    Daladier Pessoa Cunha Lima - Reitor da FARN





    O Brasil está fora do rol das duzentas melhores universidades do mundo. Enquanto a Ásia pontua com 27 instituições, a América Latina se mantém ausente desse grupo. A USP, que ficou no 232º lugar, é a esperança para um futuro próximo, seguida pela Unicamp, 248ª na classificação elaborada pela Times Higher Education. Entre os países emergentes que formam o acrônimo Bric, apenas a China se sobressai e ostenta seis universidades dentro da lista. Além do Brasil, Índia e Rússia também amargam a frustração nesse ranking mundial do ensino superior. No entanto, países emergentes como Turquia, Egito e África do Sul não sofreram igual decepção. Outros devem estar superfelizes, como a Coreia do Sul, por emplacar quatro centros de pesquisa, um deles no honroso 28º lugar. Surpresa é ver Hong Kong, uma cidade-estado, aparecer com quatro instituições, da mesma forma que é surpresa não encontrar qualquer universidade italiana, bem como apenas duas da Espanha, ambas em Barcelona.

    A recente crise econômica que muito abalou os Estados Unidos não afetou seus centros de ensino e pesquisa. Das duzentas melhores universidades do ranking 2010/2011 da Times Higher Education, 72 são norte-americanas. Puxando o cordão, lá na frente, está Harvard, mais uma vez no destaque e onde se formaram vários líderes e ex-presidentes do país, a exemplo do presidente Barack Obama. Entre as vinte melhores, quinze são dos Estados Unidos, três são da Inglaterra, uma do Canadá e uma da Suíça. Aliás, a Suíça surpreende, pois, além de estar na relação seleta das duas dezenas, entra com seis centros de ensino superior, igual à Suécia, na lista das duas centenas. Depois dos Estados Unidos, o destaque é para o Reino Unido, que tem 29 universidades no ranking geral, seguido pela Alemanha – 14 –, Holanda – 10 –, Canadá – 09 – e Austrália – 07. Na Europa continental, distingue-se a Alemanha, fruto de altos investimentos em pesquisa – 18 bilhões de Euros –, nos últimos cinco anos. E a França, hem? Se não tem de se explicar, tal qual a Itália, Sacorzy deve ter feito cara feia ao ver somente quatro das suas universidades entre as duzentas melhores, uma posição nada compatível com a fama do país.

    A Times Higher Education é um instituto que merece grande respeito em todo o mundo, no âmbito da avaliação da Educação Superior. Treze indicadores de qualidade serviram de baliza, com evidências objetivas, e foram ouvidos 13.588 acadêmicos de alta reputação. Em resumo, o foco do trabalho dirigiu-se para o ensino, a pesquisa e a transferência de conhecimento. O método usado é capaz de neutralizar plágios, de mostrar falsas aparências sem conteúdos reais e de apontar custos altos com pesquisas redundantes.

    Dá para se concluir que um país como os Estados Unidos, com um sistema acadêmico tão vigoroso, tem tudo para enfrentar e vencer qualquer crise conjuntural. Vê-se, também, que existe uma correlação entre o ranking dos melhores países do planeta, assunto de um artigo meu publicado neste jornal em 09 de setembro passado, e o ranking das melhores universidades do mundo. Os Estados Unidos investem cerca de 3% do PIB em Educação Superior, enquanto no nosso país esse investimento é da ordem de 1%. No entanto, no Brasil, não é somente a falta de recursos financeiros, porquanto outros problemas afetam o crescimento qualitativo do sistema educacional, tanto o setor público quanto o particular. Está aí uma meta crucial para o novo Governo: além de focar na qualidade da educação como um todo, é preciso incentivar a excelência acadêmica e fazer despontar centros avançados de pesquisa criativa e original. Esse é o caminho correto. O Brasil deve repensar a atual ênfase na produção de commodities e avançar muito na produção de conhecimento, se almeja, no futuro, um lugar entre os países líderes do mundo.

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