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Pesquisas Eleitorais

GRANDES NOMES DA MPB XLIII


Alcione Dias Nazaré nasceu em São Luiz do Maranhão, em 1947. Seu pai, João Carlos Dias, mestre da banda da Polícia Militar foi quem a incentivou para a música desde cedo, inclusive ensinando a menina a tocar instrumentos de sopro. Daí, além de ser excelente cantora a Marrom, como é conhecida nacionalmente, é também trompetista. Esse apelido, revelou há artista anos atrás, numa entrevista à revista Contigo, foi dado a mesma em 1969, por uma amigo pernambucano que ele não informou o nome. “Aconteceu durante uma viagem. Ele estava com saudade da esposa, que chamava de Marrom e começou a me chamar assim também e pegou”, disse a intérprete.

Mesmo incentivando a filha para a música, o pai queria vê-la professora. Alcione realizou o sonho paterno até certo ponto. Fez o magistério e chegou a lecionar por dois anos. Mas como desperdiçar o imenso potencial de voz e o amor pelo samba, que começou lá mesmo no Maranhão? Quando tinha 12 anos, numa apresentação de uma orquestra em sua São Luiz, a vocalista faltou e a substituta foi exatamente ela, a filha do maestro João Carlos. Cantou duas músicas, agradando em cheio aos presentes: Pombinha Branca e o famoso fado português Ai, Mouraria.

Em meados da década de 60, Alcione trocou o Maranhão pelo Rio de Janeiro. Trabalhou na antiga TV Excelsior e cantou na noite, se apresentando em boates. Destacou-se ao vencer duas eliminatórias do programa “A Grande Chance”, de Flávio Cavalcanti, conhecido comunicador da época. Fechou um contrato com a Excelsior, mas seis meses depois partiu numa excursão por países da América Latina, terminou indo para a Europa e só voltou dois anos depois.

A Marrom voltou ao Brasil em 1972 e deu o grande salto em sua carreira em 75, com o lançamento do disco A Voz do Samba. O vinil incluía a música “Não deixe o samba morrer”, um dos seus maiores sucessos até hoje e a artista ganhou o seu primeiro disco de ouro.

A partir daí, a cada ano Alcione lançava um novo disco e sempre entrava nas paradas de sucesso. Querida pelo público, respeitada pela crítica, começou a colecionar prêmios e homenagens. Foi eleita duas vezes pela TIM como a melhor cantora de samba, venceu o prêmio Sharp, foi homenageada pela Escola de Samba Unidos da Ponte, do Rio de Janeiro (apesar de ser da Mangueira), recebeu o Globo de Ouro, o prêmio Pensador de Marfim, dado pelo governo de Angola e o A Voz da América Latina, este concedido pela ONU.

Ao longo de sua carreira de muito sucesso, Alcione Dias lançou perto de 40 discos, incluindo coletâneas e duetos com grandes nomes da música popular brasileira. Já cantou com Jair Rodrigues, um dos seus primeiros parceiros e incentivadores, Nélson Gonçalves, Neguinho da Beija Flor, Beth Carvalho e Roberto Carlos. Com este participou do especial da TV Globo, o ano passado, “Elas Cantam Roberto”, mostrando toda sua versatilidade ao interpretar de maneira magnífica a música “Sua Estupidez”.

Entre as suas músicas mais queridas pelo público estão a já citada Não deixe o samba morrer, Sufoco, Gostoso Veneno, Rio Antigo, Nem Morta e Garoto Maroto.

Alcione está entre as grandes estrelas que já estiveram no palco do Festival de Inverno de Garanhuns e, como não poderia deixar de ser, na noite de sua apresentação a Esplanada Cultural Guadalajara estava inteiramente lotada. A exuberante maranhense que se consagrou a partir dos palcos cariocas, é um nome que não poderia faltar na galeria dos grandes artistas da Música Popular Brasileira. (Fontes de Consulta: Site Clic Music, entrevista da artista à revista Contigo, enciclopédia Google).

*Ao clicar no nome de Alcione, acima, todo em maiúsculo, você acessa um vídeo da artista em que ela canta
"Você me vira a Cabeça", um dos grandes sucessos de sua carreira
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