Na campanha política de 1989, quando Collor derrotou Lula, Ulisses Guimarães, do PMDB, teve uma votação insignificante para sua importância política. Do pleito ainda participaram Mário Covas e Leonel Brizola, o primeiro um tucano que deixou saudades e o segundo um defensor das causas populares. Já no fim da caminhada, as pesquisas apontando a vitória do aventureiro de Alagoas, os peemedebistas começaram a cantar no programa do rádio e televisão: "Bote fé no velhinho, o velhinho é demais...". Pobre Ulisses. Foi humilhado nas urnas.
Na eleição deste ano, temos outra vez um velhinho que é demais. O Plínio de Arruda Sampaio. Nesta segunda, no debate promovido pelo SBT Nordeste, foi considerado outra vez o melhor. Um dos bons momentos do confronto foi quando Serra tentou desqualificar o candidato do PSOL, lembrando sua passagem pela direita, na juventude, e o socialista respondeu na bucha: "Eu fiz o caminho da direita pra esquerda e você fez o contrário. Parece que não te ensinei direito, quando te elegi presidente da UNE, pois você virou isso". Dilma não estava presente, brilhou a estrela do ex-petista. Superou Serra, mostrou as contradições de Marina, parecia um jovem começando na vida pública. Ganhou mais um debate. Independente dos votos que terá, Plínio não será um novo Ulisses, traído pelo seu partido e tratado com ingratidão pelo povo. O socialista sairá desta campanha maior do que entrou.
DECISÃO NA JUSTIÇA: Leia abaixo a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco anulando a reunião extraordinária realizada pelos vereadores de Caetés.
DECISÃO NA JUSTIÇA: Leia abaixo a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco anulando a reunião extraordinária realizada pelos vereadores de Caetés.
Roberto, Recebi esta matéria mas como o blog censura livre não trata de assuntos ligados a política, resolvi enviar prá voce.Como voce tem batido bastante na questão da revista veja, me lembrei logo de voce. Leia e releia, e se achar interessante faça uso no seu blog.
ResponderExcluirUm abraço e parabéns pelo blog que está cada vez melhor. Não precisa dizer que foi eu lhe mandei o material.
Um Abraço, Jonas Lira.
O mensalão da Editora Abril
Daniel Bezerra, editor geral
Numa minuciosa pesquisa aos editais publicados no Diário Oficial, o blog descobriu o que parece ser um autêntico “mensalão” pago pelo tucanato ao Grupo Abril e a outras editoras. Veja algumas das mamatas:
- DO [Diário Oficial] de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara ‘inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola’.
- DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.
- DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.
- DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.
- DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data daassinatura: 08/09/2008.
- DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura: 01/10/2008.
- DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.
- DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.
- DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.
- DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009.
Negócios de R$ 34,7 milhões.
Somente com as aquisições de quatro publicações “pedagógicas” e mais as assinaturas da Veja, o governo tucano de José Serra transferiu, dos cofres públicos para as contas do Grupo Civita, R$ 34.704.472,52 (34 milhões, 704 mil, 472 reais e 52 centavos). A maracutaia é tão descarada que o Ministério Público Estadual já acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil número 249 para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.
Esta “comprinha” representa quase 25% da tiragem total da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do ‘barão da mídia’ Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao Grupo Abril. O tucano Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do ‘Guia do Estudante’, outra publicação do grupo.