O diretor de cinema americano Stanley Kubrick, que morreu em 1999, aos 70 anos, era uma perfeccionista e levou às telas mais de uma dúzia de filmes transformados em cult, pela crítica e pelo público. Entre suas obras mais geniais estão Glória Feita de Sangue, abordando a 1ª guerra mundial; Spartacus, um épico extraordinário narrando a vida de uma escravo rebelde, na antiga Roma; Dr. Fantástico, um dos primeiros trabalhos do cinema a lidar com o tema da ameaça atômica; Lolita, uma adaptação do famoso romance do russo Vladimir Nabokov que causou escalo à época; Nascido para Matar, um dos melhores filmes sobre o conflito no Vietnã; Barry Lyndon, um drama de grande beleza estética; O Iluminado, clássico do terror, com Jack Nicholson e De Olhos Bem Fechados, seu último trabalho, estrelado por Tom Cruise e Nicole Kildman, lançado no mesmo ano da morte do cineasta.
Como se não bastasse toda essa filmografia, o americano ainda foi inspirador de Steven Spielberg em sua carreira. O autor de ET, inclusive, trabalhou com Stanley na criação de “Inteligência Artificial”, trabalho que concluiu sozinho com a morte do amigo. AI foi um grande sucesso comercial, embora alguns críticos tenham dito que Spielber não fez jus ao talento de Kubrick.
Entre todos os bons filmes de Kubrick, no entanto, o mais cultuado, mais discutido e possivelmente elogiado está “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, a obra prima de ficção científica de 1968. Muitos o consideram o melhor trabalho do gênero levado às telas até hoje.
2001 é um filme de 139 minutos, sendo que em apenas 20 minutos do longa existem diálogos. O restante é um show de imagens, algumas das mais incríveis das que já se assistiram até hoje na história do cinema. O roteiro foi escrito por Stanley Kubrick e o escritor inglês Artur Clarke, um mestre da ficção científica.
A Odisséia no Espaço é dividida em três partes distintas. Primeiro temos imagens belíssimas do planeta como se ele ainda não tivesse sido habitado. Céu, sol, lua, nuvens, terra, natureza...tudo filmado com talento, proporcionando grande prazer estético ao cinéfilo. Na abertura desse “show de imagens”, está a música “Assim Falou Zaratrusta”, de Richard Strauss, que provoca logo um impacto.
Ainda na primeira parte aparecem macacos, com jeito selvagem , e mais alguns animais um tanto estranhos. Aparece o título “A Aurora do Homem” e se passam muitos minutos onde os mamíferos aparecem dormindo, gritando, brincando, agredindo até que um deles pega uma osso transformado em clava e começa a bater: uma, duas, três... muitas vezes. Termina por descobrir por instinto que o objeto é uma arma. Mata. Serve à caça. Facilita que os macacos arranjem comida. Também, com pouco, serve à guerra interna: os símios estão lutando entre si.
Essa belíssima primeira parte, sem nenhum diálogo, termina quando um macaco pega a clava, que usara numa luta e a joga bem para o alto. Esta sobe, sobe, como que rodopia no ar e num certo momento se transforma numa nave espacial. Há como que um bailado no espaço, no centro do universo, sob o som de “O Danúbio Azul”, de Johann Strauss. É uma das cenas mais bonitas e mais comentadas do cinema.
A partir daí o filme muda totalmente porque já estamos no futuro. A ligação com o passado, é um monolito que aparece misteriosamente, antes visto com grande curiosidade pelos macacos, agora estudado pelos homens, que já fazem viagens espaciais com facilidade à Lua e mesmo ao planeta Júpiter.
No segundo momento do filme há a preparação de um grupo de homens para estudar o estranho monolito, que seria um sinal da existência de outras civilizações.
Na terceira parte da ficção, a “Missão Júpiter”, um novo show de imagens, desta vez não com uma terra inabitada e os ancestrais do homem. Desta feita temos o futuro, um jogo de cores com efeitos especiais incríveis para o final dos anos 60. Por sinal 2001 ganhou o Oscar da categoria, em 1968.
Esse final, também com uma seqüência longa sem nenhum diálogo, é o mais difícil de entender. Os próprios autores, Kubrick e Clarke disseram que se as pessoas entendessem o filme da primeira vez eles não estariam satisfeitos.
Algumas acham que os autores quiseram discutir o próprio drama da existência: o nascimento, a morte, a transformação. Seja lá o recado que pretenderam passar, não há a menor dúvida de que é um belo filme. Para uns monótono, outros o consideram pretensioso, a maioria, no entanto, reconhece em 2001 – Um Odisséia no Espaço um marco nos filmes de ficção científica. Um trabalho bonito de um diretor talentoso. Enfim, um trabalho inesquecível.
Você já assistiu o filme, A Vida é Bela? se não assistiu eu recomendo e recomendo também fazer um post aqui! procura no google ''a vida é bela'' e voce acha! é um filme de Comédia Dramatica Na Itália dos anos 40, Guido é levado para um campo de concentração nazista durante a segunda guerra mundial e tem que usar sua imaginação para fazer seu pequeno filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.
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