CONSIDERAÇÕES SOBRE O FESTIVAL

O Blog Censura Livre está com uma enquete interessante. Levanta a questão do primeiro final de semana no FIG sem apresentações no Pau Pombo e no Parque Euclides Dourado. Uma das alternativas para votar é a seguinte: se essa iniciativa da Fundarpe não seria o início da desativação dos outros pólos. Como se sabe, a descentralização do Festival foi obra do governo Jarbas Vasconcelos e estamos na gestão de Eduardo Campos. E os governantes, acredito que também todo mundo sabe disso, adoram acabar com o trabalho dos antecessores. Pode não ser isso, porém, deixa pra lá, não vamos misturar festival e política.

Ronaldo César, em seu espaço da net, também toca nesta questão dos parques sem atrações no final de semana. E escreve uma frase instigante: "Não sei se era o Festival de Inverno que todos esperavam para comemorar seu 20º aniversário!". Ele tem razão. A programação está boa e está faltando alguma coisa, sempre falta. E 20 anos, convenhamos, é uma data e tanto, merece uma baita comemoração. Por isso precisava de um show apoteótico de encerramento e a revalorização dos parques, a cada ano mais relegados a segundo plano. Podiam fazer alguma coisa pra remediar pelo menos em relação ao último dia do evento. Paulinho da Viola, como já foi dito em postagem anterior, é um excelente artista, é um luxo ver esse cantor em qualquer lugar. Só que o final do FIG sempre aconteceu com muita energia, bandas ou cantores pop que atraíram multidões incríveis a Garanhuns. A última impressão é a que fica e se o sambista tiver um público inferior a Elba, Reginaldo Rossi, Skank e Paralamas pode ficar a sensação, depois de tudo terminado, de que a festa não foi essas coisas todas. Então a Gabriela Valença, o Carlos Eugênio quem sabe até o deputado Izaías Régis, poderiam falar com o prefeito Luiz Carlos para apertarem a Fundarpe e incluírem mais um nome no sábado, dia 24 de julho. Um artista capaz de levantar o astral dos jovens, do público do Festival que respiraria aliviado e diria: Ah sim! Agora está tudo bem!
Finalmente, para terminar essas considerações, cito aqui o episódio envolvendo a cantora garanhuense Andrea Amorim. Da noite de ontem para hoje de manhã recemos 11 comentários "desaforados" criticando a prefeitura pela não inclusão da artista local na 20º edição do Festival. Ora, no momento em que uma filha da terra começa a abrir caminhos na difícil região Sudeste, aparece nos principais programas de televisão do país, grava disco com a participação de músicos renovados, não seria a hora exata de celebrar em Garanhuns os bons resultados do seus esforços? E à cidade não caberia celebrar com seus outros filhos o sucesso dessa menina dos cabelos avermelhados? Também aí não custava os secretários e o deputado baterem um papo com o prefeito, mostrando a ele a importância da presença de Andrea no FIG. Se tirarem The Fevers ou Adilson Ramos pra colocar a nossa "pop star" tenho certeza de que ninguém vai reclamar da mudança. O cachê dela, tenho certeza, é menor do que o da maioria dos artistas já contratados. O que não pode é dar só o dinheiro do avião, de modo que a cantora termine pagando para se apresentar em sua terra. Isso aí também dá pra consertar, é só querer. Estão aí as duas sugestões, espero que alguém as acate. São para o bem do Festival, que nos seus 20 anos merece ser saudado com alegria e não com críticas e algumas interrogações.