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GRANDES NOMES DA MPB XVII


VICENTE CELESTINO


(Ao clicar no nome do cantor, acima, você acessa um vídeo do youtube com a música "Porta Aberta" interpretada pelo grande artista carioca)


Antônio Vicente Celestino nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Tereza, em 1894 e morreu em São Paulo, às vésperas de completar 74 anos, em 1968. O artista, que tinha voz de tenor e muitos o queriam vê-lo cantando ópera, teve uma das carreiras mais longas do Brasil. Foram 54 anos interpretando suas canções pelo país, sem nunca ver diminuída sua popularidade. Filho de italianos, com 11 irmãos, seis deles dedicando-se à vida artística (cinco à musica e um ao teatro), Vicente Celestino estreou em 1914, na Companhia de Teatro São José, interpretando a valsa “Flor do Mal”. Cantou em festas, serenatas, restaurantes, até passar pelo teatro e chegar à popularidade com o lançamento dos primeiros discos. Gravou na fase “mecânica” da canção, depois na fase “elétrica”, produzindo 137 discos em 78 rotações, 31 LPs e mais 10 compactos, com mais de 300 músicas.


Dois grandes sucessos do filho de italianos, “O Ébrio” e “Coração Materno”, foram transformados em filmes de grande apelo popular. Esta última música foi gravada também por Caetano Veloso, na década de 70, chegando a ser incluída numa coletânea de Editora Abril de Música Popular. O cearense Ednardo, quando estava no auge, também nos anos 70, fez uma releitura de “Rasguei o Teu Retrato”. O baiano interpretou Celestino com doçura, tornando tocante a letra sobre o filho ingrato e a mãe capaz de amar o filho nas piores circunstâncias. O cearense revestiu a música do grande tenor de um tom pop, quase rock, com muita energia, sem descaracterizar, no entanto. É uma interpretação também muito bela. Mais recentemente, Elba Ramalho regravou “Patativa”, um dos grandes sucessos de Vicente, numa interpretação magistral.


Na década de 50, Vicente Celestino chegou a gravar canções contemporâneas, dentro do seu estilo, pois ele nunca incorporou modismos. Gravou do seu jeito “Conceição”, de Jair Amorim e Dunga e “Se Todos Fossem Iguais a Você”, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Com sua paixão, sua voz inigualável e uma espécie de “arrebatamento” na forma de cantar, Celestino foi eleito, em sua época e é lembrado até hoje como A Voz Orgulho do Brasil. O artista tem um museu com seu acervo em sua terra natal e é nome de ruas e praças em várias cidades do país. É um dos nomes que não poderia faltar nesta série de Grandes Nomes da Música Popular Brasileira de Todos os Tempos.


(Alguns dados e expressões desse post foram inspirados num ótimo artigo colhido na internet. Infelizmente, não está assinado. Outra parte do texto é inteiramente de responsabilidade do autor do blog, como as citações a Elba, Caetano e Ednardo).



PÓS-ESCRITO


Meu avô, José Teixeira, morreu faz mais de 20 anos. Um dia, vindo do Recife para Capoeiras, a fim de visitar meus pais, coloquei na vitrola (era o aparelho de som da época) um disco do Vicente Celestino cantando “Patativa”. Minha mãe, emocionada, caiu no choro, lembrando do seu velho e bom pai. Desliguei a radiola (outro nome em desuso) e fui acalmar dona Maria das Neves. Nunca esqueci da cena. Vicente é mesmo do tempo dos nossos avós, mas ainda emociona. Tenho uma coletânea dos seus grandes sucessos, em CD. Ouvir “Porta Aberta”, “Coração Materno”, “O Ébrio”, “Rasguei o Teu Retrato” ou “Patativa”, na voz do artista carioca, de Caetano, Elba ou outro intérprete mexe mesmo com o coração da gente.

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