Tenho uma amiga que tem um único filho, na faixa de 11 anos, estudante do Colégio XV de Novembro. Vai cursar a 5ª série e a lista de material escolar, praticamente solicitando apenas livros, ficou acima dos R$ 900. Outra mãe garanhuense, com dois filhos na 3ª e 4ª séries, gastou somando tudo a quantia de R$ 1.500,00. Os livros pesaram mais. Alguns deles saíram por R$ 80 a unidade. Isso é o que podemos chamar de "assalto legalizado", pois nunca um livreto desses para a meninada, de Geografia, História, Português e Matemática poderia ter um valor tão alto. Ora, o livro no país já é caro mesmo, mas você compra um bom romance ou uma obra de não ficção de qualquer editora brasileira por R$20, R$ 30, R$ 40 ou R$ 60 (estes últimos normalmente são obras densas, que chegam a 600 páginas). Então o preço do livro didático é ditado mesmo pelo desejo de lucro exacerbado e está na cara que os editores se aproveitam porque "é uma vez só por ano" e os pais não podem deixar de comprar.
O Izaías Régis apresentou na Assembleia Legislativa um projeto tentando frear um pouco a indústria do material escolar. Mas é preciso mais. No Congresso Nacional, devia haver uma pressão dos parlamentares para que o Governo Federal fiscalizasse os preços desses livros didáticos. Pelo que se vê eles vendem do preço que querem e esfolam a classe média todo início de ano. Muitas vezes com a cumplicidade dos colégios particulares.
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