Deputada Carla Zambelli, representante da extrema direita paulista na Câmara Federal perdeu uma ação que movia contra a Globo e os jornalistas Andréia Sadi, Octavio Guedes, Marcelo Lins e Daniel Rocha por causa de uma entrevista do delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva.
A pendência jurídica já foi esgotada em todas as instâncias. Zambelli não tem mais para onde recorrer.
O último recurso da parlamentar do PL foi julgado pela 3ª Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal foi negado, sem caber recurso. O caso foi arquivado no último dia 24.
Carla Zambelli pedia que os jornalistas fossem responsabilizados pelas falas do delegado Saraiva, que a acusou de apoiar atividades ilegais na Amazônia e usou termos como “bandida” e “marginal” para defini-la.
O estopim da batalha judicial se deu em 14 de junho de 2022, quando a entrevista foi realizada ao vivo na GloboNews.
Além de Zambelli, o delegado listou Zequinha Marinho, Telmário Mota, Mecias de Jesus e Jorginho Mello como políticos que apoiavam o garimpo ilegal.
"Temos uma bancada do crime, na minha opinião, uma bancada de marginais. Para mim, são bandidos, até pela forma como se comportaram quando eu fui convidado para ir a uma audiência”, afirmou o delegado.
A ação contra o delegado e os jornalistas foi aberta pela deputada apenas alguns dias depois. Nela, Zambelli pedia uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. O seu argumento contra os jornalistas que estavam no programa era que eles não a defenderam das acusações feitas por Saraiva.
A Justiça negou a solicitação, citando a liberdade de imprensa. Para o magistrado, repórteres ou apresentadores apenas fazem perguntas, e não podem imaginar ou adivinhar o que entrevistados vão dizer. Na sua visão, seria desonesto responsabilizá-los por algo que não fizeram.
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