CONTEXTO

CONTEXTO
Pesquisas Eleitorais

LULA, O PARTIDO DOS TRABALHADORES E O APOIO AO PSB E PSOL


Lula e o PT estão com uma visão diferenciada em relação ao processo político, levando em conta 2024 e as eleições de anos atrás.

Até 2020, dificilmente o Partido dos Trabalhadores abria mão de candidatura própria em colégios eleitorais importantes, mesmo quando o PSB, o PSOL ou o PDT tinham nomes mais fortes para a disputa.

Quatro anos atrás, com a direita no poder, o PT não elegeu nenhum prefeito da capital.

Este ano, portanto, a estratégia vai ser outra. O partido do presidente vai ter candidato próprio em 16 capitais e em outras 11 (são 27 incluindo Brasília) apoiará nomes de outras legendas.

No maior colégio eleitoral do Brasil, São Paulo, Lula e o seu partido estão fechados com Guilherme Boulos, que é do PSOL.

No Recife os petistas estarão aliados com João Campos, do PSB. Mesmo caso de Garanhuns, quando Sivaldo Albino, provável candidato à reeleição, pertence aos quadros do Partido Socialista.

Ter Lula no palanque, no guia eleitoral de rádio e televisão é importante. Os candidatos do campo progressista sabem disso.

Tanto que em Garanhuns mesmo, adversários de Sivaldo tentam minar sua aliança com o presidente dizendo que "ele nunca foi PT".

E gostam de lembrar que o socialista apoiou o impeachment de Dilma Rousseff.

Ora, o prefeito de Garanhuns não é do PT mesmo. Até foi convidado a ingressar no partido, mas provavelmente continuará no PSB.

A posição em relação ao impeachment não foi pessoal, ele acompanhou o partido.

Na verdade o estremecimento do Partido Socialista com Dilma começou ainda com Eduardo Campos, que pretendia disputar a presidência. Seu projeto não foi adiante por conta do acidente que lhe tirou a vida.

Depois da morte do grande líder do PSB, o partido em peso se voltou contra a presidente e na votação do impedimento de Dilma a bancada pernambucana foi decisiva para que a petista caísse.

Foi um erro histórico, hoje se sabe, pois Temer abriu caminho para a retirada dos direitos trabalhistas e sua política entreguista enfraqueceu a esquerda, que acabou perdendo a eleição presidencial para um deputado inexpressivo da extrema direita.

Claro, houve também ajuda de juízes, promotores e da imprensa, com uma Operação Lava Jato que dizia combater a corrupção, mas na verdade estava servindo a interesses políticos e econômicos, inclusive dos Estados Unidos.

Lula não faz política com rancor, menos ainda com ódio.

Sem abrir mão de suas ideias, das políticas favoráveis à população mais humilde e de defesa da soberania nacional escolheu para vice, em 2022, um dos maiores críticos do PT, Geraldo Alckmin, que fez carreira política no PSDB.

Alckmin também se posicionou contra Dilma, lembram?

Então se Lula pode ter Geraldo de vice, se Marta pode ser vice de Boulos, se o PT vai apoiar candidatos de outros partidos em cidades importantes do Brasil, por que Sivaldo é cobrado porque num determinado momento seguiu seu partido,  o PSB?

Política se faz assim. Sempre foi e não vai mudar.

Miguel Arraes se elegeu três vezes governador de Pernambuco, sempre com alianças com setores conservadores. Ele dizia que "importante é a hegemonia da esquerda".

É isso aí. É o que Lula faz. Alckmin é um vice importante. Ajudou a ganhar a eleição, colabora com a governabilidade, tem o respeito do presidente.

Mas é o petista quem dá as cartas. Quem decide.

A abertura do PT em fazer alianças e de apoiar candidatos de outras legendas deve dar bons frutos. É possível que as forças progressistas vençam na maioria das cidades grandes, capitais ou não.

O mais importante, na eleição de 2024, é, além de eleger bons gestores,  evitar que a direita raivosa continue com a força atual.

A vitória de Guilherme Boulos em São Paulo e de João Campos no Recife são importantes.

Assim como a reeleição de Sivaldo em Garanhuns.

Somos a segunda cidade do Agreste de Pernambuco e a terra que trouxe ao mundo o líder Luiz Inácio Lula da Silva.

Assim, a vitória do PSB aqui, possivelmente com um vice do PT, tem um valor simbólico não somente local ou regional, mas nacional.

Essa é a visão política que os progressistas devem ter. Em São Paulo, Recife, Salvador, Fortaleza, no Rio de Janeiro ou Porto Alegre.

Precisamos não apenas ter bons prefeitos, como conter a onda fascista, que ameaça a Argentina, a Alemanha, os Estados Unidos e o Brasil.

2024 é o ensaio para a consolidação das forças democráticas em 2026.

PT, PSOL, PSB, PC do B e PDT juntos no maior número de cidades só vai fazer bem a democracia brasileira. Ainda mais se abocanharem o maior número de prefeituras possível.

2 comentários:

  1. 👏👏👏 excelente texto, FALOU TUDO que era para ser falado, vamos derrotar esses políticos que usam os eleitores pobres, e que se acham RICOS, não são não, os eleitores de partatidos de direita tem que acordar, a direita sempre enganou essa gente, tudo em causa própria e de megas empresários, e o POVO que vota em políticos de partidos de direita,tem cara de ricos, jeito de ricos, mas vivem no vermelho mas contas bancárias, devem até o bolso furado sem nenhuma pataca, e essa gente ajuda a grande oligarquia a arrebentar com nossas vidas, agente nunca avança de verdade, pôr causa deles, que se deixam ser enganados pôr políticos canalhas.

    ResponderExcluir
  2. PAULO CAMELO: Caro conterrâneo RA. Lembretes: 1 - Sivaldo participou de uma passeata em meados de 2016, isto é em Garanhuns, pela cassação da presidente Dilma e detonando o ex-presidente Lula, naquela época, por "corrupção";
    2 - O PSB defendia a cassação da presidente Dilma, mas não detonava Lula por "corrupção". Mas, Sivaldo sim;
    3 - João Campos, é de Direita e fez uma campanha em 2020, ao estilo Bozo, detonando o PT e candidata a Prefeita da Cidade de Recife, Marília Arraes;
    4 - Em Garanhuns, o prefeito Sivaldo não trata o vice-prefeito Pedro Veloso, do PT, como Lula trata o seu vice Geraldo Alckmin, do PSB. Ou somente você em Garanhuns não percebe?
    5 - Agora se o PT de Garanhuns vai apoiar novamente o PSB, de Sivaldo, nesta Eleição de 2024, é uma questão de fórum íntimo do PT. Não cabendo as outras forças políticas opinarem sobre a decisão petista;
    6 - Quero lhe lembrar que em SP o PSB tem a direitista e dep. federal Tábata Amaral, namorada do direitista João Campos, como candidata a Prefeita em oposição ao dep. federal Guilherme Boulos, do PSOL, numa chapa com a vice Marta Suplicy, do PT. OBS.: Ao longo de sua trajetória política, Tábata tem demonstrado ser anti-PT;
    7 - Adianto-lhe que dificilmente o PT indicará o vice de João Campos, uma vez que o mesmo simplesmente não quer. É assim que a música toca.
    Ok, Moçada!

    ResponderExcluir