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Pesquisas Eleitorais

AS MAIORES INJUSTIÇAS DA HISTÓRIA DO OSCAR

 

Por Altamir Pinheiro

O médico  argentino  Ernesto Che Guevara de La Serna que matava gente como se sangra porco ou bode no alto sertão de Pernambuco, certa vez soltou essa prosa para o mundo inteiro: “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”... Só que,  essa frase tinha uma conotação política e o jovem Che Guevara que no campo do estado democrático de direito pensava igualzinho ao  hoje fantoche ou dublê de presidente do Brasil, o Bunda Suja  Boca Porca Bolsonaro, pois não é à toa que    Guevara  “PRESERVAVA(?)” tanto a democracia que se considerava um ser humano três em um, ou seja: Ele era soldado, juiz e carrasco ao mesmo tempo. Traduzindo: ele prendia, julgava e fuzilava.

Pois bem!!! Deixando as INJUSTIÇAS ideológicas de lado e partindo para os ’finalmente’ da parcialidade ou arrumadinho na arte do cinema, há muito que se sabe que as premiações desses 92 anos do PRÊMIO OSCAR, nunca conseguem agradar a todos. Isto é fato e notório em todos os anos que acontece a tal cerimônia festiva. Na verdade, a maior premiação do cinema mundial também costuma desagradar um ou outro – até mesmo a maioria, em alguns casos. Por isso, resolvemos listar, em pequena escala ou resumidamente as que seriam as maiores injustiças cometidas pela Academia em boa parte dos  filmes, diretores e atores. 

SENÃO VEJAMOS:

Filmes de comédias nunca tiveram boa aceitação nas votações  glamourizadas  de Hollywood e seus protagonizadores, de um modo geral,  sempre foram “escanteados” como se veem  nos casos de Jerry Lewis, Charlie Chaplin, O Gordo e o Magro: o inglês Stan Laurel e o americano Oliver Hardy, os 3 patetas, Os Irmãos Marx e tantos outros do mundo dos filmes cômicos e divertidos. De uma das poucas comédias a vencerem o Oscar de melhor filme foi A Volta ao Mundo em 80 Dias (1956). Uma das atitudes mais contraditórias da Academia, que na premiação, em 1957, deixou de fora o belíssimo ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE, estrelado por Elizabeth Taylor e James Dean (o último filme da carreira do astro que inventou a moda do blusão de couro com golas levantadas. Dean  morreu em um acidente automobilístico com apenas 24 anos de idade).

Páreo duro aconteceu na entrega do Oscar do ano de 1966:  A Noviça Rebelde  consolidou mais uma vez a preferência da Academia em relação aos musicais. O filme não é ruim, mas fica longe da qualidade narrativa do romance político Doutor Jivago (Doctor Jivago); já em 1972, o   brilhante Laranja Mecânica  foi indicado a quatro prêmios no Oscar, mas não levou nenhum deles. Perdendo, inclusive, a estatueta de melhor filme para Operação França. Certamente um dos maiores erros da Academia; no que diz respeito ao ano de 1986, a crítica cinematográfica bufou, xingou e caiu de pau na Academia por  ter premiado  Entre Dois Amores, filme estrelado por Meryl Streep e Robert Redford. O romance ambientado na África desbancou A Cor Púrpura, de Steven Spielberg, que teve 11 indicações e voltou pra casa sem nenhuma estatueta.

Nos idos de  1995, os filmes que competiam pelo principal prêmio da noite eram todos qualificados. Quem levou a estatueta  foi O Contador de Histórias, até porque o longa-metragem é o típico filme americano. Mas poderiam muito bem ter vencido Tempo de Violência (Pulp Fiction),  de Quentin Tarantino, com John Travolta e Bruce Willis, ou Um Sonho de Liberdade  de Frank Darabont, com o negão Morgan Freeman,  o melhor filme de todos os tempos segundo o ranking dos internautas no site americano muito conceituado (nesse mesmo site o filme faroeste Três Homens em Conflito ocupa a 9ª. posição do melhor filme de todos os tempos).

Para muitos cinéfilos, o  Oscar de melhor ator costuma ser o prêmio mais justo. Somente em duas ocasiões o prêmio deixou certo rancor nos aficionados da telona. A primeira foi em 2009,  quando Sean Penn venceu o prêmio por Milk – A Voz da Igualdade, ao invés de Mickey Rourke em O Lutador, no papel que fez o ex-galã de 9 1/2 Semanas de Amor voltar à Hollywood com uma atuação minimalista em um dos filmes mais emocionantes deste século. A segunda vez foi em 2014, quando Matthew McConaughey conquistou a estatueta por Clube de Compras Dallas, deixando mais uma vez Leonardo DiCaprio a comer poeira. Mundialmente famoso após interpretar Jack no filme Titanic (1997), DiCaprio possui cinco indicações ao prêmio de Melhor Ator do Oscar, mas conquistou apenas uma estatueta: em 2016 com o longa O Regresso.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas também gosta de pregar suas peças em diretores famosos. Não é à toa que, Alfred Hitchcok nunca ganhou um Oscar. Foi indicado em cinco oportunidades: Rebecca – A Mulher Inesquecível (1940), Um Barco e Nove Destinos (1944), Quando Fala o Coração (1945), Janela Indiscreta (1954) e Psicose (1960). Stanley Kubrick também nunca levou um Oscar. Foi indicado em 4 oportunidades, inclusive no filme Laranja Mecânica em 1972. Martin Scorsese só recebeu o prêmio de direção em 2007 com Os Infiltrados. O maior crime foi perder a disputa em 1991, por Os Bons Companheiros, quando Kevin Costner desbancou Scorsese no prêmio de direção por Dança Com Lobos. Com uma extensa filmografia na qual se incluem obras como "Taxi driver (1976), "Touro indomável" (1980), recente mente O Irlandês (2019) com Robert De Niro e Al Pacino e "Os infiltrados" — que finalmente lhe deu o Oscar em 2007—, documentários e séries para a TV, o consagrado diretor, roteirista e produtor Martin Scorsese já foi nomeado 9 vezes na premiação, pois é o diretor vivo mais indicado ao Oscar. O curioso nesse mundo fantástico de Hollywood é que, Charles Chaplin nunca foi indicado ao Oscar de melhor direção. E pasmem!!! John Ford, o maior diretor de filmes faroestes de todos os tempos, já foi contemplado 4 vezes com a estatueta dourada e nenhuma delas foi com filmes de cowboy ou bang bang.

Em 2010, na 82ª edição do Oscar, Bastardos Inglórios e Altas Aventuras eram, disparados, os melhores filmes indicados ao Oscar. Infelizmente, a Academia ainda não estava pronta para premiar uma animação ou um trabalho de Quentin Tarantino como o melhor do ano. Na ocasião, o prêmio foi para o superestimado Guerra ao Terror, que também rendeu à Kathryn Bigelow o prêmio de MELHOR DIREÇÃO, sendo a primeira mulher a ganhar a estatueta na história da premiação. E por falar em mulher, FERNANDA MONTENEGRO foi a única brasileira a ser indicada à categoria na História pelo filme Central do Brasil (1999). Infelizmente, ela foi “GARFADA” e o troféu ficou  para a sem sal Gwyneth Paltrow por Shakespeare Apaixonado. E o que dizer do filme  O Resgate do Soldado Ryan perder para esse mesmo Shakespeare Apaixonado...

https://www.youtube.com/watch?v=ek4jzVHDK_4

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