Por Junior Almeida
Dentro
da programação do dez anos do Seminário Cariri
Cangaço realizado de 24 a 28 de julho nos municípios do Crato, Juazeiro do
Norte, Missão Velha, Lavras da Mangabeira e Brejo Santo e, pesquisadores de todo Brasil se reuniram na noite de 25 de julho, na “Meca
Sertaneja”, em uma solenidade de fundação da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço – ABLAC.
A recém-fundada
academia foi registrada e terá sua sede na capital de Sergipe, Aracaju, e
pretende reunir em seus quadros, além de escritores do tema, poetas, músicos,
artistas plásticos ou das artes cênicas, que sejam ligados ao cangaço em todas
as suas ramificações.
O
proponente da criação da ABLAC, historiador e delegado de polícia sergipano Archimedes Marques, autor de vários
livros sobre o cangaço, dentre eles, Lampião
Contra o Mata Sete, que desmentiu veementemente item por item a polêmica
obra “Lampião o Mata Sete”, de autoria do juiz aposentado, Pedro Morais, que
retratou em seu livro o Rei do Cangaço como homossexual, disse que a ideia
inicial da sua criação ocorreu há anos atrás, por intermédio do historiador Paulo
Gastão (falecido recentemente), então presidente da Sociedade Brasileira de
Estudos do Cangaço – SBEC, mas que
só agora foi possível por em prática a vontade de muitos amantes do tema.
Os
quadros de sócios foram preenchidos quase em sua totalidade por
pesquisadores nordestinos, que atuam nas mais diversas áreas profissionais, mas tem também paulista de renome, autor de vários livros, entre os seus
fundadores.
Ceará
e Pernambuco, por enquanto, são os estados que contam com mais membros. A Terra
de Iracema com cinco e o Leão do Norte com seis acadêmicos fundadores. Na
terra de Lampião ficaram dois na capital, dois no Sertão e mais outros dois pesquisadores aqui em nossa região: o professor Vilela, de Garanhuns, e o pesquisador Junior
Almeida, que é garanhuense, mas mora em Capoeiras e é colaborador deste blog.
Vilela e Junior, ambos já têm seus trabalhos já publicados, discorrendo sobre o
cangaço no Agreste do Estado.
Os
acadêmicos estão empolgados e, as expectativas são, segundo eles, as melhores
possíveis. Pesquisadores relatam que mesmo ainda com poucos dias de vida da ABLAC,
já receberam mensagens parabenizando pelo feito e também demonstrando interesse
de fazer parte desse seleto grupo que estuda cangaço.
Percebemos que nossa
academia já desperta interesse de alguns estudiosos dentro e fora do país, como
por exemplo, um brasilianista norte americano, que entrou em contato conosco
querendo fazer parte dos quadros da academia. Relatou um membro
da ABLAC.
Nós
do Blog Roberto Almeida parabenizamos
a todos os pesquisadores pela iniciativa. Que possam ser criadas novas
academias de estudos de vários temas, novos institutos, como por exemplo, o
nosso IHGG, que desenvolve um belo trabalho não só em Garanhuns, mas em toda
região, e outros órgãos que ajudem a disseminar a história e o conhecimento.
*Fotos: 1- Membros fundadores da ABLAC em Juazeiro do Norte, Ceará; 2- Escudo da academia; 3- Livro de Junior Almeida sobre o cangaço no Agreste Meridional.
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