Por Michel Zaidan Filho
Vendidas as reservas de Petróleo da camada do Pré-Sal, pela bagatela de
7.000.000.000 de reais (quando originalmente estava estimada em 700.000.000.000
de reais), se consumiu o crime de lesa-pátria, cometido pela quadrilha que assaltou o poder,
com o afastamento da presidente eleita Dilma Rousseff.
A dimensão verdadeiramente criminosa não está apenas no aviltamento do
valor venal desse tesouro estratégico, mas no que a venda significa para a
busca da autossuficiência de petróleo refinado no Brasil.
A modelagem original para a exploração da camada de pré-sal no Brasil previa uma forma de internalização da industrialização do petróleo, de modo a diminuir a nossa dependência da importação do óleo refinado. O petróleo cru, sem ser processado, é uma simples "commoditie", de pouco valor. É como um minério bruto, mera matéria prima a ser processada pela indústria, que lhe acrescenta o que os economistas chamam de "valor agregado".
A modelagem original para a exploração da camada de pré-sal no Brasil previa uma forma de internalização da industrialização do petróleo, de modo a diminuir a nossa dependência da importação do óleo refinado. O petróleo cru, sem ser processado, é uma simples "commoditie", de pouco valor. É como um minério bruto, mera matéria prima a ser processada pela indústria, que lhe acrescenta o que os economistas chamam de "valor agregado".
Nosso país, desde a longínqua época colonial, sempre foi um simples
fornecedor de insumos e matérias-primas para os países mais
industrializados do mundo. A nossa luta foi sempre de romper com esse estatuto
de colônia, neocolônia ou país dependente, que troca "commodities"
por produtos de mais valor agregado. Hoje, com o fim dessa modelagem, que troca
o óleo por dinheiro, e retira da Petrobrás o status de empresa privilegiada nos
contratos de exploração do pré-sal, regredimos à condição de mera plataforma de
lançamento das empresas multinacionais, interessadas em explorar as vantagens
locacionais oferecidas pelo governo "ilegítimo" do Brasil, e as
facilidades alfandegárias do Mercosul.
A malta de bandidos que assaltou o país tinha como objetivo reconverter
nosso país à condição de periferia, zona de exploração selvagem do
capitalismo mundial. Está conseguindo, graças à venalidade
dos parlamentares da pior legislatura que tivemos nesses últimos anos, mercê da
fragmentação partidária, da falta de lideranças e do corporativismo que tomou
conta das casas legislativas.
Agora vem a privatização da Eletrobrás, com a diminuição da participação
acionária da União, Que vai deixar de ser majoritária para ser minoritária.
Imagine o que vai acontecer com a geração de energia e o preço da conta de luz!
- Um formidável apagão.
As empresas privadas não investem nem na transmissão, quando mais na
geração, que demanda mais recursos e um retorno lento do investimento. As
consequências serão menos energia e mais carestia, num cenário de aumento de
demanda pelos consumidores urbanos.
É a destruição da infraestrutura
do Brasil e o fim de qualquer projeto de independência econômica, social e
política do país. E tudo com a participação decisiva de tucanos, democratas e
peemedebistas.
Um comentário deste muito bem feito escrito por um Professor e que tem conhecimento de causa e efeito.Ou você e eu concordamos ou discordamos apresentando os nossos argumentos plausíveis ou não.
ResponderExcluirPSDB-PMDB-DEM formam hoje uma coligação partidária tanto combatida pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos.As amarelinhas de VEJA em 2005 entrevistou o ex-senador e hoje Deputado Federal sobre a sua proposta de emenda constitucional proibindo as coligações partidárias.
ResponderExcluirVotaram contra o Michel Temer,Eduardo Cunha,Eliseu Padilha,Moreira Franco, Gedel Vieira, Jáder Barbalho e Romero Jucá todos coligados com o PT.Hoje vimos em Pernambuco o PMDB querendo lançar candidato,o PSDB idem e o DEM também.Todos gostaram que o governador de Pernambuco tivesse aconeelharam o PSB a votar a favor do impeachment e hoje todos eles trabalham contra o governador.Nem os golpistas se entendem quanto as bruscas quedas de opinião pública a esses partidos que aplicaram o golpe parlamentar de 17 de abril de 2016.