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VIVIANE NO SHOPPING

Pela primeira vez um texto do Raulzito é publicado simultaneamente no meu blog e no dele. E antes de sair na versão impressa do Correio Sete Colinas. Tudo por conta do Shopping Garanhuns, que terá seu projeto apresentado na AGA, daqui a pouquinho. A crônica do arremedo de jornalista é imperdível e segue logo abaixo:

Minha querida e idolatrada do bairro de São José, a Viviane, está de cabeça virada por conta da notícia da construção de um Shopping Center em Garanhuns. Ela ouviu a informação no programa de Marcos Caroço, confirmou com Pereira Pai e pra ficar ainda mais certa de que é tudo verdade gravou a voz de Eduardo do Peixoto anunciando a novidade.
    Apressadinha como ela é, já se reuniu com todas as amigas do bairro e traçou os planos para as compras do final de semana. Marlene, a manicure, Elvira cabeleireira, Nicinha do Galeto, Sônia da Igreja Renascer em Cristo e Verônica do Movimento Carismático participam da trama. Independente de religião ou profissão, todas estão unidas no objetivo de consumir no futuro Shopping.
    Para Viviane, esse empreendimento vai ser uma bênção, pois ela acha as roupas do Ferreira de Costas muito das feias, além de caras. No Pérola Brilhante a coisa melhora um pouquinho, em termos de qualidade, mas os preços são ainda mais salgados e ela tem medo de ficar hipertensa.
    Tirando essas duas, sobram uma bibocas que vendem sulanca de Caruaru e duas ou três lojas de grife que cobram R$ 500 numa calça que nos shoppings da capital você encontra por R$ 150 em 10 prestações pelo hipercard.
    Em Garanhuns, em termos de moda e vestuário, ainda estamos no regime da escravidão e do arbítrio. É assim que raciocina Vivi, acreditando, coitada, que o shopping da cidade pode contribuir para acabar com a exploração.
    “Na Marisa vou comprar calcinha de menos de R$ 20 que nas lojas metida a besta daqui não saem por menos de R$ 70”, imagina minha namorada.
    Viviane acha que Garanhuns agora vai. Irá enfim ter um crescimento menos tímido da população, sem precisar ficar contestando o IBGE. Criará alternativas de lazer (”Graças a Deus não teremos só motel e sorveteria”, chegou a festejar, unindo o quente e o gelado numa só frase) e vai oferecer lugares para comprar sapatos, saias, sandálias, calças, sutiens e outros apetrechos masculinos e femininos.
    - Vou comprar bolsas, brincos, pulseiras, Cds, DVDs, roupas e até uma coisinhas safadas, se tiver também um sex shop dentro do shopping - anunciou, entusiasmada minha eterna noiva e companheira.
    O único temor da Viviane é quanto ao local em que vão construir o centro comercial. Perto do posto da Polícia Rodoviária, do 71 BI e no local da Pinga Nordestina. Ela teme que os militares ocupem o tempo todo o espaço de compras e tem um verdadeiro trauma, com relação à farda, porque o seu pai andou levando uns tabefes no tempo da ditadura. Imagina também que os guardas rodoviários podem criar uma indústria de multas naquelas imediações. E quanto à fábrica de cachaça, já falida, teme que influencie as pessoas a beber cada vez mais, de modo que o Shopping já nascerá sob o signo do álcool, que só atrai coisa ruim.
     - Mas isso pode ser tudo neura minha, não é meu amor? Eu sei que o shopping é uma coisa boa e depois dele Garanhuns nunca mais vai ser chamada de Vila de Caruaru, como fez um imbecil um dia desses, num dos brogs da cidade...
    Dito isso, a Vivi marcou mais uma reunião. Com a participação da Marlene, Elvira, Nicinha, Sônia, Verônica, Marlecy, Sidora, Tereza, Dalva, Nalva, Das Dores... Acho que minha namorada está vivendo uma fase de euforia. Esqueceu um pouco até das novelas da Globo. Nem Passione ela assiste mais. Tudo por causa do tal shopping center. (Raulzito)

2 comentários:

  1. Mudando de bugalhos para alhos... Sugiro que os interessados, para que as nossas microcidades não constem apenas em uma mapa distante, empenhem-se em fazer qualquer divulgação nos sites nacionais, neste, por exemplo, não consta nada de Capoeiras: http://citybrazil.uol.com.br/pe/capoeiras/index.php
    Seria um forma de interesse concreto, não deixando que as cidades sejam desconhecidas ou reflitam simplesmente aqueles que as governam, inumeras vezes em processo de alfabetização.

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