O twitter deste blog ganhou ontem quase 400 novos seguidores.
Para ser exato: 390.
Vinha crescendo em média 70 novos seguidores por dia desde janeiro último.
O que houve?
A combinação de duas coisas: informações que apurei sobre as chuvas no Rio e informações sobre o mesmo assunto apuradas pelos leitores.
Para cada informação que eu dava, os leitores mandavam sete ou oito outras. E eu repassava cada uma delas para todos os seguidores do blog. Depois da internet os jornalistas perderam o monopólio da informação. E notícia deixou de ser apenas o relato de um fato.
Notícia passou a ser conversa também - e acima de tudo, troca.
O que também me impressionou ontem: nenhuma notícia mandada por leitores e repassada por mim para os seguidores do blog estava errada.
O que derruba a idéia ainda cultivada por muitos jornalistas de que leitores não jornalistas carecem de compromisso com a veracidade do que relatam.
Eu estava em Brasília tentando saber o que acontecia no Rio. Ou mesmo em Brasília onde também choveu muito forte.
Na maioria das vezes, os leitores escreviam sobre o que viam.
O testemunho deles era mais vivo e mais crível do que o meu.
Na mesma linha, as imagens mais impressionantes sobre as chuvas no Rio mostradas pelo Jornal Nacional ontem foram colhidas por cidadãos comuns.
Nota do Blog: O texto expressa a realidade do que está acontecendo hoje no Brasil e no mundo. O celular, a internet, as novas tecnlogias estão promovendo uma transformação rápida na sociedade e ninguém mais pode ter o monopólio da informação. Vejamos o caso de Garanhuns: Ronaldo César, Wagner Marques, Calvino e outros não fizeram uma faculdade de jornalismo. Mas dia-a-dia aprimoram o jeito de escrever, vão incorporando as técnicas apreendidas com os colegas, nos blogs, sites, jornais, revistas e estão produzindo um material que não fica a dever o de grandes profissionais de imprensa do Recife ou do Centro Sul. É preciso estar antenado com esta nova realidade, ouvir o que vem das ruas, ler a caixa de e-mails, fazer releituras do que vai sendo publicado e a partir daí fazer um jornalismo que não é mais seu, vinculado ao seu ego ou ao que ensinaram na escola. A sociedade globalizada está criando um jornalismo também global. Que parte de Garanhuns para os EUA, Europa, Cuba, Rússia, China ou qualquer outro pedaço do planeta. E que tem mão dupla: vota de qualquer um desses lugares para cá. Pelo menos na internet, a exigência do diploma para ser jornalista passou a ser uma bobagem.
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