Um monte de gente vive me cobrando nos comentários:
“Por que você não posta também sobre os filhos do Lula? Por que não investiga a vida deles?”
Não fiz isso por obedecer ninguém, nem pra defender político. Fiz por curiosidade. Fui atrás de datas, investigações oficiais, valores citados e resultados, porque acusação repetida não vira prova só no grito.
O que existe de fato:
Entre 2007 e 2010, durante o segundo mandato de Lula, houve apuração sobre o crescimento patrimonial de Fábio Luís Lula da Silva (Lulinha). Quem investigou foram a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. O foco foi analisar empresas privadas ligadas a ele, contratos e movimentações financeiras.
Resultado: não foi comprovado recebimento direto de dinheiro público, e procedimentos acabaram arquivados por falta de prova de crime.
Entre 2014 e 2018, na Operação Zelotes, os filhos de Lula voltaram a aparecer em apurações. O motivo foi a investigação de possíveis irregularidades no CARF. Novamente, foram analisadas relações empresariais e contratos privados.
Resultado: não houve condenação nem comprovação de que dinheiro do governo tenha sido repassado a eles.
Agora, sobre o valor que muita gente joga como verdade absoluta:
Em 2023–2024, durante apurações de um esquema bilionário de descontos irregulares no INSS, surgiu uma denúncia dizendo que Lulinha teria recebido cerca de R$ 300 mil por mês, o que somaria milhões.
Esse valor veio de depoimento de terceiros, apresentado em investigações e discutido em CPMI.
Aqui está o ponto que precisa ser dito com clareza:
Não existe extrato bancário público comprovando esse pagamento
Não existe documento oficial de repasse do governo
Não existe denúncia criminal aceita
Não existe condenação
Ou seja: os filhos de Lula foram investigados em diferentes períodos, inclusive com análise financeira detalhada. Até hoje, nenhuma investigação comprovou que eles receberam dinheiro do governo por serem filhos do presidente.
Isso não transforma ninguém em santo.
Mas também não autoriza tratar acusação em apuração como fato comprovado.
Investigação não é condenação.
E narrativa não substitui prova.

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