Alceu Valença completa 80 anos em 2026.
O artista fará uma turnê, por diversas capitais para comemorar as oito décadas de vida.
Natural de São Bento do Una, Alceu quando criança morou em Garanhuns e foi aluno do Colégio Diocesano.
O diretor da época, Padre Adelmar, era seu parente, conforme o próprio cantor revela num vídeo, com recordações dos seus tempos na Suíça Pernambucana.
Alceu era traquino e fugia das aulas para se refugiar no Pau Pombo.
"Doidinho de Dona Adelma".
Era assim que o chamavam, numa referência a sua amada mãe.
Mas nem ela nem o Padre Adelmar deram jeito no garoto travesso, que se fez advogado, trocou os tribunais pelo palco, porém nunca perdeu o jeito moleque de quem "vai danado pra Catende".
Do menino que enfiava os dedos no busto de Dom Moura, na praça, esperando alguma reação.
Garanhuns que acolheu Alceu Valença e Luzinette Laporte. E colocou no mundo Luís Jardim, Toinho do Quinteto Violado e Dominguinhos.
Cidade Jardim, como está na música.
Que cresceu e virou terra dos festivais.
Mas sem perder a essência que vem das colinas, das fontes de água mineral, das comunidades quilombolas, das igrejas do Timbó, de Heliópolis, do Seminário São José e da imponente catedral.
Garanhuns de Simoa Gomes, de índios e negros e gente que pensa ter sangue europeu.
Que atraiu os filhos de São Bento do Una, Lajedo, Calçado, Angelim, Capoeiras, Caetés, Canhotinho, Terezinha, Jupi, Brejão e tantas outras cidades, até de Alagoas e Paraíba.
Muitos vieram e ficaram, outros ganharam o mundo.
E Garanhuns permanece entre sete colinas, cheia de encantos, não apenas no Natal.
Alceu é de São Bento e também um pouco nosso. Ele mesmo reconhece quando fala do Diocesano, da Praça Dom Moura e do Pau Pombo, verdadeiros símbolos da cidade.
Salve Alceu! Salve Garanhuns!


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