EXPOAGRO GARANHUNS

EXPOAGRO GARANHUNS
EXPOAGROAGRESTE

O PRIMEIRO OSCAR DO BRASIL É VITÓRIA NA POLÍTICA E NA CULTURA

Walter Salles, Fernanda Torres e o Oscar


Sim, o primeiro Oscar do Brasil, com o filme "Ainda Estou Aqui", é uma vitória da cultura e da política.

Da cultura porque é uma produção nacional. Diretor, atores, músicas e todos os envolvidos no projeto são trabalhadores e produtores culturais do país.

É bom lembrar que nos quatro anos do governo da extrema direita quiseram exterminar a cultura.

A Regina Duarte - lembram dela? - serviu ao projeto de desmonte da cultura.

"Ainda Estou Aqui" é um trabalho artístico, um produto cultural da melhor qualidade, que recebeu em torno de 40 prêmios, inclusive o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro,  neste domingo à noite.

É um filme histórico e que fala da história.

Está lá, no longa, o talento do Walter, das Fernandas, do Selton e de toda aquela meninada que participa da produção.

Estão lá as vozes e/ou a criatividade de Gal, do Roberto, de Erasmo, de Tom Zé, de Tim Maia e do Caetano.

Além da vitória no campo da cultura, há também a vitória política.

Porque "Ainda Estou Aqui" é um filme político.

Embora não seja panfletário ou sectário, conta uma história da época da ditadura militar,  que sensibilizou o Brasil e o mundo.

O que aconteceu com Rubens Paiva se repetiu com outros brasileiros, como o pernambucano Fernando Santa Cruz.

Sequestrados, torturados e mortos covardemente por agentes da ditadura militar.

E atentem, meus queridos leitores, o Brasil teve um presidente da República, há pouco tempo, que zombou de Rubens e de Fernando, sem respeitar a dor das famílias desses dois homens.

A direita, amigos e amigas, tentou boicotar o filme. Quer negar a história.

Mas fracassou. Só no Brasil em torno de 10 milhões de pessoas foram assistir "Ainda Estou Aqui" nos cinemas.

Isso é muita coisa na era da internet e dos streamings.

Marcelo Rubens Paiva, escritor do livro que deu origem ao filme, disse que sua obra não seria possível sem a Comissão da Verdade, que foi criada pela presidente Dilma Rousseff.

Então sem a decisão corajosa da Dilma não teria "Ainda Estou Aqui", nem como obra literária ou cinematográfica.

Possivelmente se Lula não tivesse derrotado a excrescência, em 2022, Walter não teria conseguido realizar o seu filme.

E aí o Brasil não teria conquistado seu primeiro Oscar da história.

Foi uma vitória da democracia, da arte, da boa política, dos progressistas, dos que sabem a importância da arte e da cultura.

A estatueta dourada para "Ainda Estou Aqui" é também uma estocada da Academia de Cinema em Donald Trump, líder da direita.

Enfim, esse Oscar tem muitos significados.

Já tivemos como heróis Pelé, Jairzinho, Rivelino, Tostão, Rivaldo Romário, Ronaldo Fenômeno...

Os heróis do momento são Walter Sales, Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Selton Melo...

Salve a cultura, viva o Brasil!

Nenhum comentário:

Postar um comentário