Por Magno Martins
Em Pernambuco, o carnaval terá muito frevo, ciranda e maracatu, mantendo uma velha tradição na festa mais popular do País. Mas diferente dos anos anteriores, o folião será surpreendido nas ruas pela antecipação da campanha para governador nas eleições de 2026 nos principais polos, como Recife, Olinda, Bezerros e Triunfo.
O estopim foi o palco paralelo que o Governo do Estado montou a 150 metros do da Prefeitura do Recife no Marco Zero, QG da folia.
Nunca antes, como dizia o presidente Lula, o Estado cuidou da festa do momo, atribuição das prefeituras, que recebem apoio logístico e financeiro para pagar os cachês dos artistas. Tudo até então se restringia a isso. A governadora Raquel Lyra (PSDB) resolveu declarar guerra ao prefeito João Campos (PSB), seu provável adversário em 2026.
Uma batalha não apenas para ganhar mais visibilidade política nos dias de momo, mas também de espaço. O prefeito preferiu não se manifestar sobre a “invasão” da área sob controle absoluto do município. Também orientou seus assessores mais próximos a não entrar na guerra declarada de Raquel. As atrações do palco de Raquel começaram ontem e vão se estender por toda semana pré-carnavalesca e os quatro dias de folia.
O que move a governadora a enveredar por esse caminho, que seria trágico se não fosse cômico? Até o mais neófito em política mata a charada sem muito esforço: Raquel está em baixa, tanto em avaliação de gestão como na preferência do eleitorado para renovar o seu mandato. Se as eleições fossem hoje, seria uma presa fácil para João Campos, que caiu na graça do povo em todas as regiões do Estado, deixando de ser apenas um fenômeno do Recife e Região Metropolitana.
Várias pesquisas para governador apontam João com mais de o triplo das intenções de voto. O “banho” é mais visível na Região Metropolitano. No entanto, se as eleições fossem hoje, a governadora perderia para o prefeito do Recife até em Caruaru, espécie de santuário eleitoral da tucana.
*Fonte: Blog do Magno
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