Mauro Cid, tenente coronel do Exército, ex-ajudante de ordem do presidente da República, é o nome deste domingo. Está no jornal O Globo, na Folha de São Paulo, UOL, Valor Econômico, Brasil 247, Estadão, em outros veículos da imprensa e nos artigos dos renomados jornalistas Josias de Souza e Reinaldo Azevedo. Por que está se dando tanta importância ao fardado? É que, na linguagem popular, o homem resolveu "abrir o bico". Segundo Josias, o que levou Cid a virar delator foi uma frase de Bolsonaro, abandonando os aliados. "Cada um cuide de sua vida". O coronel está seguindo o recado à risca, se comprometeu a revelar o que sabe, fazendo tremer quem pecou, num passado recente. Nitidamente em pânico, Michelle ora e chora, enquanto o marido, Jair Bolsonaro já agendou hospital para a segunda-feira. Nada disso estaria acontecendo não fosse o velho Lula, que ganhou a eleição e "abriu as portas do inferno" para os patriotas honestos, tementes a Deus. Reinaldo, que atacou Lula e o PT, quando dos governos passados, hoje reconhece no presidente um democrata e foi dos que desafiaram Sérgio Moro a apresentar uma única prova contra o petista, dos crimes pelos quais foi acusado. Quanto à delação autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, Azevedo acha que está se fazendo tudo dentro da lei, para ouvir Mauro Cid, ao contrário do que fez Moro e a turma da Lava Jato. Há quem acredite ainda que o clã Bolsonaro é honesto. Apesar das rachadinhas, dos imóveis comprados em dinheiro vivo, das propinas até em ouro recebidas por ministros em seu governo e das joias sauditas das quais tentaram se apropriar. Talvez Alexandre de Moraes já tenha elementos suficientes para determinar a prisão do capitão. Mas, me parece, todo cuidado está sendo tomado para que só se chegue a essa medida quando tudo for apurado e comprovado, inclusive a participação do ex-presidente nos atos terroristas do dia 8 de janeiro de 2023. Fato é que Bolsonaro e Michelle estão perdendo o sono. Com a federal na cola, estão apavorados e a única saída encontraram até agora foi se vitimizar. O ex-presidente é cada vez menos mito e já se tornou um péssimo cabo eleitoral para seus candidatos, em 2024 e 2026.
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