Esta semana escrevi um texto curto sobre o ator e diretor de cinema Clint Eastwood.
Pela receptividade ao texto, percebi que muitas pessoas admiram, como eu, esse excepcional artista.
Eastwood começou a brilhar ainda na década de 60, como ator de filmes de faroeste. Prosseguiu nos anos 70, 80, 90, no século atual e ainda não parou, embora esteja com 92 anos.
Em 2018, com 88, dirigiu e atuou no filme "A Mula", que é excelente. Três anos depois, passando dos 90, realizou Cry Macho.
Superou, possivelmente o Woody Allen, outro cineasta a realizar bons trabalhos para o cinema já com a idade avançada.
O Clint, como ator e diretor, não ficou somente no gênero western.
Em 1979 foi a estrela principal de "Fuga em Alcatraz", um ótimo longa contando a história de um homem que planeja se livrar do inferno que era a prisão americana.
Muitos anos depois, em 95, foi diretor de "As Pontes de Madison", um dos melhores romances já produzidos para a tela grande. Neste trabalho ele contracena com Meryl Streep, uma das melhores atrizes de Hollywood. Só ver os dois em cena vale muito a pena. Mas o roteiro, a fotografia, a trilha sonora, tudo no filme é espetacular.
Vamos dar um pulo na história. Exatamente 10 anos depois Eastwood realizou "Menina de Ouro", deprimente, porém de muita qualidade, que lhe deu, merecidamente, o segundo Oscar de Melhor Filme.
O primeiro ele recebeu em 1992 por "Os Imperdoáveis", que entra em todas as relações de melhores faroestes de todos os tempos, feitas pelos mais diferentes críticos.
Dentre tantas obras primas, "Os Imperdoáveis" é muito especial.
Por resgatar o western de maneira soberba, superando o gênero e podendo ficar entre as melhores obras do cinema, mesmo que concorra com dramas, suspenses, policiais, comédias ou trabalhos de ação.
E por que este filme é especial?
Ora, se você tem a menor noção de cinema, de arte, pode assistir três, quatro, cinco vezes e continuará sendo impactado.
Pela história, pelo desenvolvimento do roteiro, pelo elenco, que inclui o próprio Clint, Gene Hackman, Morgan Freeman e Richard Harris, para ficar só nos quatro.
Os Imperdoáveis está no mesmo nível ou supera "Os Brutos Também Amam", "Rastro de Ódio" ou "O Homem que Matou o Facínora", também com frequência nas listas de melhores faroestes.
No premiado filme de Clint tudo funciona, do início ao fim grandioso; passando pelo olhar generoso com as prostitutas da cidadezinha do velho oeste, até o xerife truculento que imagina estar fazendo justiça atingindo inocentes.
Gene Hackman, que interpreta o xerife, acrescenta muito ao filme, está no mesmo nível do diretor/ator, assim como Freeman, embora este participe menos do longa.
Os Imperdoáveis, Menina de Ouro, Fuga em Alcatraz, As Pontes de Madison e outros trabalhos de Eastwood merecem ser vistos e revistos várias vezes, porque não são simples filmes, são obras de arte.
Somente um grande artista, alguém que nasceu com um talento especial pode produzir trabalhos assim, que não apenas entretém, mas vão além, mexem com a imaginação, fazem pensar, trazem novos significados para a vida.

Eu também sou fã de Clint Eastwood e o filme que mais gosto dele é o Grã Torino que reflete bem a decadência da cultura americana e do American Way of Life.
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