Na foto que ilustra a matéria, Maria do Carmo, mãe do cantor Milton Nascimento.
Ela teve um envolvimento com um motorneiro identificado apenas como João, que a abandonou quando ficou grávida.
Carminha morava numa favela na Tijuca, no Rio de Janeiro. Foi lá que veio ao mundo aquele que se tornaria um dos maiores ícones da música brasileira.
Com um filho e sem marido, Maria do Carmo mudou para o interior de Minas Gerais, ficando próxima à mãe.
Mas com apenas 26 anos a doméstica teve tuberculose e morreu, deixando Milton com apenas 2 anos.
O menino então ficou aos cuidados da avó materna, que trabalhava como empregada na casa da professora de música Lília Silva.
Esta era casada, mas não conseguia engravidar. Se propôs a adotar a criança, o que foi aceito pela avó do futuro cantor e compositor, desde que não fosse mudado seu registro.
Milton Nascimento começou a gostar de música por influência da mãe adotiva, que havia estudado com Villa Lobos. Aos quatro anos, ganhou uma sanfona de dois baixos, e desde cedo explorou sua voz. Aos 13 anos, era crooner do conjunto Continental de Duilio Tiso Cougo, grupo musical de baile de Três Pontas.
Filho e neto de empregada doméstica, abandonado pelo pai, órfão aos dois anos, pobre e negro. Tinha tudo para não ir muito longe na vida.
Mas Milton, que completou 80 anos este ano é um dos "monstros sagrados" da música brasileira. Reconhecido como cantor, compositor e músico na maioria dos países do mundo civilizado.
Na foto abaixo, do disco Minas, Milton Nascimento, que saiu com todos os traços da mãe que mal conheceu.
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