E JÁ ESTAMOS NO ANO DA ELEIÇÃO


Por Roberto Almeida

Somos sobreviventes. Deixamos pra trás 2021, que levou amigos, parentes, pessoas queridas, famosos, anônimos, milhares, em todas as regiões do país.

Chegar em 2022 é uma bênção, um privilégio. Por alguma razão o Criador chamou uns e nos deu mais um tempo.

O mundo inteiro sofreu (e ainda sofre) por conta do vírus. Mas no Brasil a situação é mais delicada, em relação a outros países, por conta do negacionismo do presidente da República, que se portou muito mal diante da gravidade da situação.

Não à toa, a sua popularidade despencou. Os eleitores estão convictos de que o dirigente político brasileiro não combateu como devia a doença, é responsável pelas dificuldades econômicas, e pelo menos até o momento não se mostram dispostos a dar-lhe mais quatro anos de mandato.

Já estamos, caros leitores e leitoras, no ano da eleição.

Vamos às urnas daqui a menos de 10 meses para escolher os novos deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores dos estados e o presidente da República.

Os pré-candidatos mais conhecidos são Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Sérgio Moro (Podemos) e João Dória (PSDB).

Apenas o ex-presidente e o atual governante aparecem em todas as pesquisas com índices expressivos.

Ciro, apesar de ter sido governador bem avaliado no Ceará, ministro de Estado e candidato a presidente mais de uma vez, tem menos de 10% das intenções de voto, parece estar sendo punido pelo eleitor pelo excesso de verborragia e pela sua atitude em 2018, quando foi para Paris enquanto no Brasil uma disputa colocava de um lado o professor universitário Fernando Haddad e do outro o capitão reformado do exército Jair Messias Bolsonaro.

O ex-juiz Sérgio Moro trocou a toga pela política, foi ministro do presidente que ajudou a eleger, muitos o tiveram durante um tempo como uma espécie de super herói, mas desmascarado por um hacker, por parte da imprensa e julgado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal perdeu prestígio e hoje menos de 10% dos brasileiros acreditam nele.

João Dória, governador do mais importante estado brasileiro, paga o preço de ter traído Geraldo Alckmin, de ter se aliado a Bolsonaro e de pertencer a um partido que já foi de centro esquerda e atualmente está em descrédito, por conta de figuras como o próprio político paulista e o mineirinho Aécio Neves.

Os outros nomes nem vale à pena citar, porque têm no máximo 2% em todas as pesquisas, são irrelevantes.

O Brasil, confirmadas as eleições (sim, sempre há risco de golpe em países da América do Sul), terá de decidir mesmo entre Bolsonaro e Lula. As chances de Ciro e Moro são remotíssimas.

Esse quadro ainda pode mudar, claro, mas é pouco provável.

O petista tem defeitos, como todo político e ser humano. Não há dúvida, porém, que é mais preparado que o capitão, tem sentimento de povo, é respeitado internacionalmente e apesar da idade avançada é uma esperança em meio ao desalento provocado por um governante incompetente, insensível e sem noção.

Dentre os candidatos colocados até o momento eu fico tranquilamente e conscientemente com aquele preferido até o momento pela ampla maioria dos brasileiros.

Espero que em outubro o Brasil realize eleições democráticas, livres e o povo tome o destino nas mãos, recolocando o país nos trilhos. 2018 foi um acidente de percurso, diversas forças políticas contribuíram com o equívoco, que começou com o golpe parlamentar-jurídico-midiático de 2016. Está na hora de corrigir o erro.

Feliz Ano Novo, sobreviventes da tragédia de 2021.

4 comentários:

  1. Parabéns pela matéria, não vejo a hora de exercer o meu papel democrático, de ir nas urnas e cravar meu voto, e ajudar a fazer justiça.

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  2. PAULO CAMELO: Caro conterrâneo RA, Em primeiro lugar desejo-lhe para você e sua família um Feliz Ano Novo de muitas conquistas e muita saúde para a sua genitora Maria das Neves de Almeida. Espero chegar na idade dela fazendo muita raiva e lutando muito contra os ataques provocados pela burguesia e seus "testas de ferro", a exemplo de Bozo. Porém, acrescentaria em seu belíssimo texto a importância da população brasileira em eleger parlamentares democráticos, progressistas e preparados para o exercício das suas funções. Não é possível que o Congresso Nacional seja um balcão de negócio com Orçamento Secreto e outras mazelas. Sabemos que há parlamentares preparados a exemplo de Luiza Erundina, Glauber Braga, Randolphe Rodrigeus, mas os que habitam no "baixo clero" formam um contingente expressivo e a maioria deles é do Centrão e de outros partidos de Direita.

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  3. Não existe diferença entre os picaretas Lula, Alckmin e Bolsonaro, são aliados, representam um passado extremo que não deu certo. Este ano vamos combater a boçalidade da esquerda ladrona e a truculência do genocida psicopata. Ainda bem que temos uma ótima opção em quem votar para presidente. Até que enfim a nação terá um presidente que tem como prioridade absoluta combater a corrupção que é um flagelo tanto da direitona extremistas quanto à bandidagem "incarnada".

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  4. A justiça será feita e o presidente LULA vai ser eleito,isso não temos dúvidas, mesmo que ataquem de novo com mentiras, más o POVO está esperto, o juíz herói, vai levar muitas pedradas nas VIDRAÇAS da vida DELE, os hackers que pegaram ele , vão ser o Tom , da picaretagem desse juíz que não tem diferença de Bolsonaro, eles são unha e carnes, por isso eu digo, PAU NELES!

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