O MERECIDO FIM DE UM JUIZ BANDIDO

Veja ajudou a construir a imagem do herói. 

Depois da farsa vir à tona publicou esta capa aí

Não faz muito tempo, o ex-presidente Lula foi tido como “bandido, ladrão e chefe de quadrilha”.

Atacado na mídia e nas redes sociais, teve a vida sua vida devassada, incluindo as pessoas de sua família, até mesmo a esposa, Marisa Letícia, que acabou por ter um AVC e morreu precocemente.

São muitos os que acham que o Acidente Vascular Cerebral que a matou teve tudo a ver com o trabalho da Lava Jato e do juiz Sérgio Moro, responsáveis pela criminalização do petista.

O magistrado de Curitiba, com o apoio da TV Globo e outros grandes veículos de comunicação, foi transformado num paladino da justiça, quase um super herói, um personagem sem mácula,  capaz de acabar com a corrupção no Brasil.

Não fosse um hacker,  um site chamado Intercept e um jornalista americano corajoso para c***, possivelmente os brasileiros e demais moradores do planeta nunca descobririam que Sérgio Moro é na verdade um juiz corrupto, fascista, com um projeto de poder, não importando que para atingir seus objetivos políticos e ideológicos fosse capaz de afrontar a democracia, destruir milhões de empregos no país e acabar com a reputação de dezenas de pessoas.

O poeta Carlos Drummond uma vez escreveu um poema muito simples, de poucos versos, que ficou célebre. “No meio do caminho tinha uma pedra...”

Ele sabia das coisas. Nesta simples frase diz tanta coisa.

Sempre pode haver uma pedra no meio do caminho. No caso de Moro, Dallagnol, Januário Paludo, juíza Gabriela Hardt e tantos outros que foram flagrados em conversas indecentes, o hacker foi a pedra que os barrou e os desmoralizou pra sempre.

Nunca mais serão os mesmos. O ex-juiz que ajudou Bolsonaro a ganhar a eleição perdeu até a condição de morar no Brasil, foi ganhar dinheiro sujo nos Estados Unidos, que o treinou para fazer suas patifarias através do FBI.

Essa turma de pilantras, que envergonhou a Justiça e o Ministério Público, não tem condição de pisar numa universidade, de ir com tranquilidade a um restaurante, possivelmente tem medo de ser hostilizada numa viagem de avião.

Hoje, na rede, você lê mais que o juiz era o bandido de que Lula é ladrão.

O justiceiro que nunca imaginou ser desmascarado está refugiado, nas pesquisas eleitorais tornou-se inviável com menos de 10% das intenções de votos, enquanto o homem que ele prendeu injustamente em Curitiba chega perto dos 50% e se tudo caminhar dentro da normalidade pode voltar à presidência em 2022,  vencendo logo no primeiro turno.

Lula é santo? Ora, não somos ingênuos e aprendemos desde a juventude que "não há santa no cabaré".

Assim, não existem anjos na política, onde o jogo é duro, normalmente sujo.

Mas não temos dúvida de que o líder do PT foi melhor presidente de que o atual, de que FHC, do que Sarney, do que Collor e todos esses doutores que sempre governaram para os ricos, enquanto Lula olhou pra todos. Para os pobres, os negros, os nordestinos, os gays, os trabalhadores, as empregadas domésticas, o homem do campo, os jovens...

Nem precisa dizer seus feitos, todo mundo sabe, mesmo os que o combatem.

Lula é melhor do que Moro, mas honesto do que ele, tem mais honra que 10 Dallagnols somados a Gabriela Hardt e Januários que desonram o nome do pai de Luiz Gonzaga.

Um romance brasileiro do século XIX traça um retrato duro dos juízes, naquela época capazes de trocar sentenças até por galinhas ou carneiros, desde que fosse para beneficiar os ricos e f* os pobres.

No século XXI, a justiça continua corrupta, a população não confia nos magistrados e promotores também caíram muito em descrédito depois da farsa da Lava Jato.

Apesar de tantos erros, da mentalidade escravocrata que se mantém até hoje, do egoísmo das elites, da herança cultural pesada que mantém os pobres na ignorância, o Brasil não merecia chegar a um governo tão ruim e incompetente como o atual.

Chegamos ao fundo do poço por conta da mídia preconceituosa e desonesta, dos interesses antipovo de empresários de mentalidade feudal, de integrantes do judiciário e Ministério Público capazes de manchar duas instituições tão necessárias à democracia, em que juízes e promotores e procuradores precisam ser honestos, imparciais e  que defendam o Estado de Direito, não o contrário.

Não param de vir à tona fatos ligados ao show de horrores promovido por Moro e seus 40 delinquentes. Agora, depois de nova versão dada pelo empresário Léo Pinheiro,  desmentindo acusações que fez contra o ex-presidente Lula, fica claro que a Lava Jato pressionava pessoas a mentir, a inventar, a criar factoides para incriminar o líder político de esquerda.

Tudo para alimentar a sua narrativa e contribuir com sua fama de herói.

Mas no meio do caminho tinha um hacker e um jornalista sagaz. E tudo desabou.

O justiceiro é, já se sabe com provas, não na base da convicção,  um reles bandido. Além de se expressar mal no idioma português, não passa de um aprendiz de político corrupto, e como política é para profissionais ele se deu mal.

Bom que fique pra lá nos Estados Unidos. Não precisamos dele. Só fez mal ao novo povo, que se dane!