É comum hoje a gente ouvir que se deve fazer pelas pessoas em
vida, é verdade, dona Arlinda, nossa mãe, irmã, tia, avó, bisavó,
tataravó, sogra, viúva, fez por muitos, mesmo com seu jeitão, as
vezes parecia que estava totalmente desatenta a conversa o que
alguns reclamavam. Coração do tamanho do mundo, predileção
não tinha, porque chegava na hora certa quando os mais
necessitados nem imaginavam.
Amiga das horas incertas, deu
guarida e incentivo para muito mais que os seus filhos sem
nenhuma distinção. Guerreira, mulher diferente para a sua época
com a saída de casa, sem abandoná-la, conquistando um lugar ao
sol e sendo exemplo para muitas de suas amigas.
Mesmo em
situações adversas não baixou a cabeça, não se abateu, e não
foram poucas essas situações, só para lembrar: lutou junto a seu
Álvaro com o mal de Parkinson por longos anos, teve o primeiro
câncer de mama aos 64 anos, com a graça de Deus foi curada,
nenhum desânimo, dando forças a todos familiares ou não, aos
81 um novo câncer na outra mama e mesmo assim não se deixou
abater.
Por isso mãe, não devo ser egoísta de te querer de
qualquer jeito, compartilho com o criador esse ser humano que
você foi. Choro, sinto eternas saudades na esperança de que
Deus, no dia do julgamento nos permita advogar em seu favor,
desnecessário pois tudo que acontece no universo é por sua
vontade, e ele, com toda certeza, sabe como você foi a maestrina
na condução de sua cruz terrena e concluiu com todos os méritos
a sua missão.
Dona Arlinda ficará na nossa memória e deixará
uma lacuna gigantesca em nossa vida. Vida que continua, mas
com eternas saudades, tristeza nenhuma só alegria de saber que
ela já se encontra vendo a face de nosso senhor Jesus Cristo com
a missão cumprida.
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