O doutor Domingos Sávio, como promotor eleitoral do Ministério Público em Garanhuns, entrou com
uma representação especial contra o vereador reeleito Alcindo Correia (PTB) por abuso
de poder político ou econômico.
A ação, enviada ao juiz
eleitoral do município, Dr. Márcio Bastos, envolve ainda pessoas ligadas ao
parlamentar. São elas: Amanda Melo, Arilson Correia, José Thiago da Silva e
Maria José Feitosa.
Na representação, o promotor
pede uma investigação judicial eleitoral dos envolvidos por existir indícios de
que na véspera da eleição o vereador, com o auxílio dos apoiadores, usou
dinheiro para comprar votos no município.
“Na véspera da eleição de
15/11/2020, chegaram ao conhecimento desta Promotoria de Justiça, através do
envio anônimo pelo whatsapp dois áudios em nome da investigada ARMANDA ALMEIDA
DE MELO, representando o investigado ALCINDO DE MELO CORREIA, vereador candidato
à reeleição, dirigindo-se a outras pessoas, afirmando que seria pago o valor de
$ 50,00 (cinquenta reais) às pessoas que votassem no referido candidato, conforme
prometido; que já tinha acertado o pagamento com o irmão do candidato, o também
investigado ARILSON (LIU), o qual já tinha inclusive entregado o dinheiro a
ARMANDA, segundo o mesmo áudio, para ser feito o pagamento na terça-feira após
a eleição”, relata o representante do Ministério Público, logo no início da
representação.
Prosseguindo, o promotor
esclarece que “os áudios da investigada ARMANDA ALMEIDA DE MELO ganharam grande
repercussão nas redes sociais – viralizaram – e ensejaram investigação policial
e mandado de busca e apreensão realizado no dia da eleição na residência da
mesma, que, todavia, restou infrutífero, certamente pela ampla repercussão dos
áudios, que teria levado à prevenção da investigada e ocultação de provas. Ouvida
na Promotoria de Justiça, a investigada ARMANDA ALMEIDA DE MELO negou a autoria
dos áudios ou qualquer relação com a campanha do candidato, limitando-se a
relação ao fato de que o vereador é casado com uma tia paterna de ARMANDA”.
Diante do que considera fortes
evidências da prática de captação ilícita de votos pelos investigados, Domingos Sávio determina que sejam realizadas outras diligências, especialmente, no
tocante à comunicação telefônica dos envolvidos, visando demonstrar, mais
uma vez, a estreita ligação entre os investigados.
As diligências solicitadas
pela promotoria incluem a quebra dos sigilos telefônico e bancário dos envolvidos.
Já no final do documento, representante
do Ministério Público Eleitoral requereu:
“O recebimento da presente
ação e seu processamento em conformidade com o artigo 22 da LC 64/90 e artigo
44 da Resolução 23.608, do TSE; a notificação/citação dos representados para
defesa no prazo legal;
A requisição, ao Banco
Central, das informações de saques, depósitos e transferências nas contas dos
demandados, no período de 10 a 20/11/2020, informando-se os remetentes e destinatários
de eventuais transferências bancárias efetuadas ou recebidas nas contas dos envolvidos;
A requisição, às operadoras
telefônicas em atividade nesta região e ao Facebook, dos registros da
comunicações telefônicas e de trocas de mensagens (não o conteúdo) dos aparelhos
e linhas registradas em nome dos demandados no período de 1o a 30/11/2020, identificando-se
os dados dos interlocutores disponíveis; a requisição, ao IC, do exame pericial
já solicitado nos áudios atribuídos à demandada AMANDA; a requisição, à 134a
circunscrição policial, de cópia integral do inquérito policial02018.0134.00410/2020-1.3,
relativo aos fatos objeto desta ação; audiência dos demandados; oitiva da
testemunha abaixo arrolada”.
Caso o juiz eleitoral
comprove tudo que está na denúncia o diploma do vereador reeleito poderá ser
cassado.

ESSA É APENAS O FIO
ResponderExcluirDA MEADA DE UMA ELEIÇÃO LITERALMENTE COMPRADA...
P.S1.: - E não venham me dizer que Betânia da Ação Social e Andréa Nunes não foram eleitas porque faltaram votos, mentira!!! Elas foram roubadas...
P.S2.: - Na eleição de 2016, juntas, tiveram 3 mil votos. Em 2020 alcançaram apenas 1.600... A compra de votos na COHAB II foi ilegal, imoral e escancarada, inclusive pra prefeito!!!