Coube ao blogueiro Cláudio
André, de Bom Conselho, testemunhar um crime ambiental praticado esta semana em
Garanhuns.
Ele escreveu:
Enquanto algumas cidades
brasileiras tem uma política voltada para a preservação ambiental e o incentivo
para se plantar árvores, me deparei com uma cena grotesca e de pura covardia
humana, na cidade de Garanhuns, conhecida como a "cidade das Flores",
onde cortaram uma árvore frondosa existente na praça Dom Moura.
A pergunta é, por que
cortaram a árvore conhecida por Coco Nogueira? O certo não seria podar?
Para quem não entende, a Nogueira,
é uma árvore comum no Brasil de onde pode-se tirar as cascas para fazer
tratamento paliativo natural para problemas comuns há tantas pessoas.
Cláudio fez pesquisa e deu
mais algumas informações importantes sobre a árvore que foi cortada em
Garanhuns. Um texto com os dados fornecidos pelo blogueiro já foi publicado
ontem.
Diversas pessoas já se
manifestaram depois da publicação da matéria de Cláudio André e o sentimento é
de indignação.
Um ambientalista conhecido da
cidade entrou em contato comigo e promete um texto específico sobre o assunto.
Fato é que o assunto, a
abordagem do blogueiro e principalmente as fotos captadas na Praça Dom Moura, são
uma imagem triste do final deste governo de oito anos.
Andando pelas ruas dos
loteamentos em volta da Cohab II, esta semana, fiquei um pouco impressionado
com a beleza de uma Avenida no Morada do Sol, pavimentada pela prefeitura.
Calçamento bem feito,
calçadas arrumadas, pintadas, bancos coloridos. Uma beleza mesmo.
Em toda área do conjunto
Francisco Figueira são dezenas, talvez mais de uma centena de ruas
pavimentadas.
Pelo que sabemos, o atual prefeito
de Garanhuns asfaltou ou calçou perto de mil ruas em oito anos.
Estranho um governante fazer
tanto e perder a eleição, não?
Acontece que nem só de pão,
ou melhor, de calçamento, vive o homem.
Pode até ter sobrado
calçamento, mas faltaram avanços na educação, mais assistência no social e
principalmente atenção para o setor de saúde pública municipal.
Empresários foram
privilegiados com doações de terrenos (anuladas pela justiça) e árvores
tombaram covardemente em vários pontos da cidade, inclusive no Parque Euclides
Dourado.
As autoridades deram suas desculpas,
apresentaram justificativas, que nunca convenceram totalmente a população.
O flagra de Cláudio André,
que veio de Bom Conselho para documentar um crime ambiental, deixou a nu, já
depois da reprovação da gestão municipal nas urnas, o governo que se arvorava
como o “melhor da história do município”.
Somando-se o desprezo à
natureza, o descaso nas áreas de saúde,
educação, assistência social e os ares
de dono do mundo do gestor, fica mais fácil entender porque os mil calçamentos
de pouco valeram em termos políticos.
Sebastião Dias, poeta
repentista do Sertão do Pajeú, que terminou se elegendo duas vezes prefeito de
Tabira, compôs uma canção belíssima em defesa da natureza. Foi gravada por
Fagner e Zé Ramalho. Vem à minha mente, neste momento, ao olhar com tristeza a
foto da árvore “Coco Nogueira”, retratando a insensibilidade de uma administração
que já vai tarde:
Tombam árvores, morrem índios
Queimam matas, ninguém vê
Que o futuro está perdido
Uma sombra e não vai ter
Pensem em Deus, alertem o mundo
Pra floresta não morrer
Devastação é um monstro
Que a natureza atropela...

Copiando.... Revoltante isso
ResponderExcluirImpressionante como gente que lida com a língua o tempo todo, não sabe como empregar o pronome ONDE. ONDE só é usado quando se trata de LUGAR!!! "Onde pode-se tirar as cascas para fazer tratamento paliativo natural para problemas comuns há tantas pessoas." O certo seria "da qual se pode tirar as cascas...". Um cursinho de português de um ano para estas pessoas se faz urgente. Eu, hein...
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