O presidente da República,
Jair Bolsonaro, está claramente desestimulando o povo brasileiro a não tomar vacina contra a Covid.
Não há dúvida de que o que
expressa uma pessoa pública, ocupando um
cargo tão importante, influencia os populares.
Nesta quinta-feira mesmo,
aqui em Garanhuns, conversando com um jovem da cidade observei com espanto ele
replicar as ideias do presidente: se mostrou desconfiado com a vacina, disse
ser contra a obrigação de tomar o remédio preventivo e falou que elas (as
vacinas) ainda não foram aprovadas.
Na verdade várias delas já
estão na fase três dos testes, algumas demonstrando eficácia e países como os
Estados Unidos, o Reino Unido e outras nações europeias já estão vacinando.
Em nosso país, mesmo, apesar das ideias esdrúxulas do
Messias, a vacinação vai ser feita e o Ministro da Saúde chegou a anunciar,
nesta quinta, que em torno de 25 milhões de brasileiros serão vacinados já no
mês de janeiro.
Mas um presidente da
República que afirma: “Não tomo vacina e ponto final”, se torna um problema de
saúde pública.
De acordo com o jornalista
Reinaldo Azevedo, existe uma lei, de 1975, que define a questão da vacinação da
população, quando há necessidade.
Essa história de que vivemos
numa democracia e toma a vacina quem quer é uma distorção dos fatos. Os direitos
individuais não podem se sobrepor aos coletivos.
A vacinação em massa de toda
a população é necessária para vencer a pandemia. Se 20 milhões de pessoas, por
ignorância ou fanatismo político, optarem pela não imunização, o vírus permanecerá
ativo, matando as pessoas.
Só ontem mil pessoas perderam
a vida no Brasil, por conta da Covid, o que levou o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, a
chamar Jair Bolsonaro de estúpido pelas suas atitudes contrárias à ciência e ao
bom senso.
O fato de Haddad ter sido derrotado
nas urnas pelo atual presidente não descredencia suas críticas, pois ele tem
razão: O Messias é estúpido mesmo, é irresponsável, ignorante, claramente expõe
a população ao risco, aliás como tem feito desde o começo do que chamou de “gripezinha”.
Não faltarão idiotas para dizer
que estamos mentindo, uma vez que o próprio despresidente tentou desdizer suas
falas. Acontece que existem vários vídeos dele dizendo besteira, chegou a
chamar o povo brasileiro de maricas por temer a doença que já matou só no
Brasil mais de 183 mil pessoas.
Como estamos realmente sem
governo, sem ministro de saúde e sem perspectiva de que as coisas melhorem,
cabe ao Supremo interferir no Poder Executivo para que a população seja
vacinada e o país protegido contra uma catástrofe maior. A lei de 1975 citada
por Reinaldo Azevedo deveria bastar, mas como vivemos próximos ao caos o STF
foi obrigado a decidir sobre o que já está decidido.
A situação é confusa, não
resta dúvida. Mas uma coisa é clara: tem gente morrendo feito moscas e as autoridades
que deviam cuidar do povo são estúpidas, irresponsáveis, levianas e cruéis.
*Foto: Facebook

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